27 de outubro de 2025
Politica

STF já condenou 11 militares por trama golpista; número pode chegar a 21

Dos 15 réus já condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na esteira da trama golpista, 11 são militares. Com o julgamento dos núcleos 2 e 3 nos próximos meses, podem ser responsabilizados um total de 21 membros das Forças Armadas, entre integrantes da ativa e da reserva.

Até o momento, foram condenados os réus do núcleo 1, chamado de central ou crucial, e 4, tido como o grupo da desinformação. No primeiro, seis dos oito réus eram militares e, no segundo, cinco.

Além da condenação pelo STF, o Superior Tribunal Militar (STM) vai julgar se eles devem também perder a patente.

O Superior Tribunal Militar julga perda de patente quando a pena do integrante das Forças Armadas é superior a dois anos
O Superior Tribunal Militar julga perda de patente quando a pena do integrante das Forças Armadas é superior a dois anos

A Constituição Federal de 1988 prevê que militares condenados a penas privativas de liberdade maiores de dois anos devem ser submetidos a um julgamento na Justiça Militar para avaliar se são “indignos” para exercer o oficialato.

A regra está prevista no artigo 142 da Constituição, que disciplina a atuação das Forças Armadas, e vale tanto para oficiais da ativa quanto da reserva.

A análise dos casos por parte do STM deve ocorrer após o trânsito em julgado das ações, quando não cabem mais recursos e a condenação se torna definitiva. A princípio, o único que não será julgado é o tenente-coronel Mauro Cid, que foi sentenciado a dois anos em regime aberto e, segundo a defesa, pediu dispensa do Exército.

Como mostrou o Estadão, a prática no Superior Tribunal Militar tem sido reconhecer a perda das patentes nesses julgamentos. No entanto, será a primeira vez que generais serão julgados.

O tribunal é formado por 15 ministros, dez militares e cinco civis, e a decisão sobre a manutenção ou perda do oficialato é tomada no plenário.

No total, o STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 31 pessoas, militares e civis, por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.

O último julgamento foi concluído na última terça-feira, 21, com a condenação dos sete réus do núcleo 4. Ainda precisam ser julgados os núcleos 2, nos dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro; e 3, composto em sua maioria pelos militares “kids pretos”, nos dias 11, 12, 18 e 19 de novembro.

Militares condenados nos núcleos 1 e 4:

Militares dos núcleos 2 e 3 que aguardam julgamento:

 

 

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