2 de novembro de 2025
Politica

Decisão que autorizou operação no Rio considerou prisões ‘imperiosas’ para resguardar ordem pública

A Operação Contenção, que deixou pelo menos 132 mortos no Rio nesta terça-feira, 28, foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão preventiva em uma investigação sobre um esquema de tráfico de drogas operado pelo Comando Vermelho.

Os alvos eram lideranças da facção e seus homens de confiança, gerentes do tráfico no Complexo da Penha, na zona norte da cidade, soldados do tráfico e outros membros de menor hierarquia da organização criminosa.

O juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço, da 42.ª Vara Criminal do Rio, que autorizou a operação, justificou que as prisões eram de “necessidade imperiosa”.

PKRIO 28/10/2025 -  RIO DE JANEIRO / OPERAÇÃO RETENÇÃO/  - cenário de guerra , em regiao da Penha, onde houve megaoperacao da policia no complexo do alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Foto Pedro Kirilos/Estadão
PKRIO 28/10/2025 – RIO DE JANEIRO / OPERAÇÃO RETENÇÃO/ – cenário de guerra , em regiao da Penha, onde houve megaoperacao da policia no complexo do alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Foto Pedro Kirilos/Estadão

A decisão afirma que há indícios suficientes de autoria e prova da materialidade dos crimes e que, se ficassem em liberdade, os suspeitos colocariam a ordem pública em risco.

“O risco de reiteração (no caso, mais precisamente, de persistência) delitiva é óbvio e inegável, e não fruto de mera especulação ou afirmações genéricas, máxime quando se observa que a conduta atribuída aos denunciados se protrai no tempo, encontrando-se a mesma em plena atividade”, diz um trecho da decisão.

As prisões foram decretadas a partir de uma denúncia do Ministério Público do Rio, mas o planejamento operacional foi definido pelo governo.

 

 

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