No País do patrimonialismo, legalizar o nepotismo não faz rigorosamente nenhum sentido
A decisão tomada pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF), que votou para liberar a nomeação de parentes para cargos relevantes da administração é um erro que fere o princípio da impessoalidade. Esta é a visão do colunista Fernando Schüler.
A Corte adiou a conclusão do julgamento após um pedido do relator, Luiz Fux, que afirmou querer debater “mais elementos” sobre o caso com os colegas. Até aqui, Fux, Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli votaram para liberar a nomeação de parentes para cargos políticos, como os de secretários, por exemplo. Flávio Dino foi o único voto contrário.
“Faz sentido legalizar o nepotismo no Brasil? Seja um prefeito, governador, o presidente da República, nomear para um cargo relevante na administração o seu irmão, a sua esposa, o seu esposo, seu primo, filho, filha, etc. Foi exatamente isso que a nossa Suprema Corte autorizou na outra semana. Na minha interpretação, isto é um enorme equívoco pro País”, criticou. Veja o comentário completo no vídeo acima.
