Uso de internet das coisas no Brasil é 41% da média da OCDE, diz pesquisa
O uso de “internet das coisas” — tecnologia que conecta à internet dispositivos cotidianos, como eletrodomésticos e carros — tem aumentado no País, mas ainda está distante dos padrões internacionais. O número desses aparelhos por habitante no Brasil é de 20,4 por cem habitantes, 41% em relação à média de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 49,6 por mil habitantes.
Os dados, obtidos pela Coluna do Estadão, constam de levantamento encomendado pela Conexis Brasil Digital. A entidade defende que o Congresso aprove um projeto de lei, endossado pela Câmara na última terça-feira, 28, que prorroga os incentivos fiscais ao setor.
A proposta, que agora tramita no Senado, prevê estender até dezembro de 2023 os benefícios tributários no uso dessa tecnologia. Ainda segundo a pesquisa, de 2020 a 2024 o número de dispositivos de internet das coisas aumentou 150%, passando de 10,4 milhões a 26 milhões.
“A manutenção das regras atuais permitirá a continuidade da expansão do uso da tecnologia e é essencial para que o Brasil não fique para trás na economia digital. Se o Brasil dobrar o número de dispositivos IoT (internet das coisas, em inglês), haverá um ganho de 4,5% em produtividade”, afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
O que é internet das coisas
Essa tecnologia permite conectar à internet dispositivos usados no dia a dia, que até então não podiam ser usados em rede, como carros, eletrodomésticos e até itens pessoais como escovas de dentes. Isso permite automatizar esses aparelhos, o que inclui o uso a distância e o acompanhamento do desempenho dessas máquinas.
