6 de novembro de 2025
Politica

Aumento para servidores do Judiciário pode custar R$ 11,4 bilhões em três anos

BRASÍLIA – O aumento nos salários e as mudanças no Adicional de Qualificação (AQ) para servidores do Judiciário, aprovados na terça-feira, 4, pela Câmara dos Deputados, devem custar R$ 11,45 bilhões aos cofres públicos nos próximos três anos, segundo estimativas técnicos da Casa que pediram para não ser identificados.

Isoladamente, o aumento de 8% nos salários dos servidores teria impacto primário de R$ 1,6 bilhão em 2026, segundo um dos técnicos. Já a reformulação do adicional, com novos cursos e reajuste dos benefícios, custaria R$ 850 milhões. As estimativas levam em conta informações da proposta de Orçamento de 2026.

Aumento salarial de servidores do Judiciário foi aprovado pelo plenário da Câmara
Aumento salarial de servidores do Judiciário foi aprovado pelo plenário da Câmara

Considerado de forma anualizada, o reajuste salarial deve ter impacto de R$ 2,9 bilhões por ano. A proposta aprovada prevê aumentos de 8% ao ano em 2026, 2027 e 2028. Já o AQ teria um impacto anualizado de R$ 1,6 bilhão, segundo as estimativas obtidas pela reportagem.

O texto aprovado pela Câmara foi encaminhado pela cúpula do Judiciário ao Congresso no início de setembro e prevê reajustes de 8% em 2026, 2027 e 2028 dos valores dos vencimentos básicos dos cargos efetivos, cargos em comissão e das funções comissionadas do Judiciário.

Segundo a justificativa do projeto, a proposta “observa os limites das dotações orçamentárias consignadas ao Poder Judiciário no orçamento geral da União”. O PL argumenta que o Poder tem “capacidade orçamentária” para implementar a proposta nos próximos anos “considerando a realidade de todos os seus órgãos”.

O deputado Rafael Prudente (MDB-DF), relator, argumentou que o projeto foi motivado por um “cenário inegavelmente grave” de “perda significativa de poder aquisitivo” por parte dos servidores do Judiciário, “com projeções de alcançar 31,36% até junho de 2026”.

Nessa linha, o parlamentar alegou que a proposta “corrige parcialmente a defasagem inflacionária” que “repercute diretamente na evasão de profissionais qualificados”.

 

 

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