Casa do Benin reabre com exposição, mesa redonda e performances sobre o Atlântico Negro
Texto: Thaís Seixas e Luiz Otávio Freire
Foto: Jefferson Peixoto | Secom PMS
Uma programação cultural que reúne exposição, mesa redonda e oficina vai marcar a reabertura da Casa do Benin nesta sexta-feira (7), a partir do meio-dia. O espaço cultural gerido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) ficou fechado em outubro para manutenção predial e agora retoma o funcionamento no Pelourinho, com uma série de atividades gratuitas e abertas ao público.
A programação começa às 14h, com a mesa redonda ‘Eu Sou um Oceano Negro’, que vai reunir representantes da Casa do Benin, da Casa Bráfrica, do Instituto Sacatar e da Associação Pivô. O diálogo parte do poema ‘Ainda assim me levanto’, de Maya Angelou, para colocar em pauta as conexões culturais entre comunidades dos dois lados do Atlântico.
Em seguida, às 16h, o público pode conferir a mostra ‘YèYé Omó Ejá’, um dos destaques do programa ‘Eu sou um oceano negro’, que teve início no Instituto Sacatar, na Ilha de Itaparica, e segue na Casa Bráfrica e na Aliança Francesa, em Salvador. A exposição reúne obras de artistas africanos e afrodescendentes de diferentes países.
O gestor da Casa do Benin, Igor Tiago Gonçalves, destaca o momento positivo do equipamento cultural e as ações que o espaço tem realizado a partir do intercâmbio e articulação com outros artistas e produtores.
“A gente vem de um evento super importante que foi o Ocupa Casa do Benin, que teve uma programação articulada com artistas beninenses durante os meses de agosto e setembro, em um intercâmbio cultural bem interessante. Agora, reabrimos com outro projeto, desta vez em articulação com o Ano da França no Brasil, que é o ‘Eu Sou um Oceano Negro’, com a exposição de um grupo de mulheres afrodiaspóricos de diferentes lugares do continente, onde trabalharemos essas visões artísticas e culturais e o que essas mulheres estão produzindo na diáspora”.
Sobre a Casa do Benin
A Casa do Benin é um equipamento cultural gerido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) que celebra a rica história e a diversidade da cultura afro-brasileira. Através de uma programação diversificada que inclui exposições, oficinas e palestras, o espaço oferece um ambiente propício para a produção artística e a valorização da identidade negra, fortalecendo os laços entre o Brasil e a África.
A programação da Casa é composta por projetos e atividades através de demanda espontânea, com ocupação de pautas por agentes culturais da cidade, com projetos e ações próprias, além de projetos próprios dos Equipamentos Culturais, desenvolvidos e executados pela FGM.
