CPI do Crime Organizado tem pedidos para ouvir filho de Marcola e visitar El Salvador
A CPI do Crime Organizado foi instalada no Senado nesta terça-feira, 4, e já soma 30 requerimentos para serem votados na próxima reunião. Entre eles, estão a convocação de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e uma visita ao país para compartilhamento de estratégias de combate ao crime organizado.

O senador Marcos do Val (Podemos-RS) protocolou 11 requerimentos, que pedem a convocação de quatro integrantes do PCC que se encontram presos no momento, além de agentes de segurança pública e especialistas. Ele não detalha se os depoimentos ocorreriam por videoconferência ou presencialmente. Do Val encurtou sua licença de saúde para participar do colegiado.
O senador sugere que o grupo ouça Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, filho de Marcola; dois aliados próximos do líder da facção e Roberto Augusto Leme da Silva, identificado pelo Ministério Público como líder de um esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
Em seu perfil do Instagram, o relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB), afirmou que o objetivo das atividades é “ouvir autoridades, especialistas, analisar dados e propor soluções concretas”.
O senador Magno Malta (PL-ES) requer a presença do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para falar sobre o combate às facções. Ele também sugere diligência externa ao país, “com o objetivo de conhecer, in loco, as medidas e estratégias de segurança pública adotadas pelo governo salvadorenho”. Segundo ele, El Salvador é “um dos casos mais expressivos de redução da criminalidade no mundo contemporâneo”.
Na primeira reunião, a CPI do Crime Organizado aprovou sete requerimentos. A partir deles, serão convidados os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, e José Mucio Monteiro Filho, da Defesa; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues; e Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Também foram aprovados convites aos governadores e secretários de Segurança de dez Estados e do Distrito Federal: Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Eles serão convidados a “apresentar uma visão geral sobre o crime organizado no Brasil, considerando sua experiência e conhecimento sobre o tema”.
