Bolsonaro vai escolher entre o poder e tentar salvar a própria pele
Dez entre dez políticos esmiuçavam as pesquisas eleitorais divulgadas nesta semana. Tanto a Paraná Pesquisas quanto a Quaest apontavam o mesmo cenário: o eleitor está oscilando conforme o assunto do momento.
Com a segurança pública no centro da pauta, a direita voltou a ser competitiva. Logo, tudo indica uma campanha duríssima em 2026.
Entre os caciques da direita, dois nomes despontam – a preço de hoje – como possíveis candidatos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Flávio Bolsonaro.
Mesmo enfraquecido e prestes a ser preso, a decisão será de Jair Bolsonaro. Quem garante é Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido dono de um robusto fundo eleitoral.

E Bolsonaro não vai escolher apenas o candidato à Presidência em 2026.
Ele vai escolher entre a sobrevivência do projeto de poder de sua família e tentar salvar a própria pele.
Entre todos os candidatos testados, Flávio é o menos competitivo.
Conforme a Paraná Pesquisas, o senador registra 38% de intenções de voto contra Lula no segundo turno, que fica com 45,4%, com 10% de brancos e nulos e 6% de não sabe, não opinou.
Michelle aparece com 42,7% e Tarcísio com 41,8%. Isso acontece porque a rejeição ao senador é mais alta, quase 10 pontos acima, por exemplo, de Tarcísio.
Traduzindo: Tarcísio tem mais chances de vencer, mas Flávio carrega o sobrenome Bolsonaro. Se perder, ainda assim terá um “caminhão” de votos e praticamente carimba os Bolsonaro no pleito de 2030.
O que fará Bolsonaro?
Passará o bastão a Tarcísio e sairá de cena para tentar obter um indulto?
Ou apostará no filho para manter o poder em família e correrá o risco de passar anos na Papuda?
