Tarcísio de Freitas vai guiar PT sobre destino político de Fernando Haddad em 2026
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é chamado no PT de soldado do partido. Não há dúvidas na cúpula da legenda de que ele estará a postos para cumprir a missão determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano que vem. Há três caminhos: continuar no comando da pasta, disputar o Senado ou o Palácio dos Bandeirantes. Ele mesmo não indica sua pretensão.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast disse que não conversou com Lula ainda. Fato é que, até chegar o momento de esse diálogo ocorrer, o PT avaliará diversas nuances da corrida eleitoral e a principal delas é o “fator Tarcísio de Freitas”. Nos bastidores, interlocutores da sigla admitiram à Coluna do Estadão que vão se guiar pelos passos do governador de São Paulo para só então sugerir o caminho para Haddad a partir de maio.
A lógica que circula no PT é a seguinte: se Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidir concorrer à Presidência, o ambiente em São Paulo terá espaço para um candidato mais moderado. Neste caso, parte dos petistas tende a sugerir a Lula que ele abra mão de Geraldo Alckmin (PSB) como vice para que o ex-tucano possa disputar o governo estadual. Haddad tentaria, então, uma vaga de senador.
Já se Tarcísio de Freitas tentar a reeleição, integrantes do PT acreditam que o centro e a direita estarão conectados com o atual governador. A solução para viabilizar uma candidatura seria antagonizar. Haddad buscaria reunir a esquerda e o centro-esquerda na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
O que fazer com a vaga na Fazenda não é motivo de preocupação na sigla por ora. O secretário-executivo Dario Durigan é visto como continuidade natural.

