17 de novembro de 2025
Politica

Gleisi diz que Hugo Motta prometeu nova versão do projeto Antifacção nesta terça-feira

BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu nesta segunda-feira, 17, nova versão para o projeto antifacção. A informação foi divulgada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, após se reunir com Motta.

Gleisi disse que ouviu do presidente da Casa legislativa a informação de que o texto do projeto “avançou em muitos pontos”. A ministra indicou ainda que será realizada uma nova rodada de conversa com técnicos nesta terça, 18, para “fazer as observações no texto e ver se tem condições de avançar”.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, durante sessão ao lado da ministra Gleisi Hoffmann
O presidente da Câmara, Hugo Motta, durante sessão ao lado da ministra Gleisi Hoffmann

“Ele falou que o relator está preparando (um novo texto), que quantos textos forem necessários, ele vai subir. E se dispôs a fazer uma conversa conosco já com base nesse texto antes de publicá-lo”, afirmou a ministra. Gleisi sinalizou que não há acordo sobre a quarta versão do parecer publicado pelo relator, Guilherme Derrite (PP-SP) na semana passada.

Sobre um eventual pedido de adiamento da discussão, Gleisi afirmou que a votação é uma “decisão do presidente da Casa”. “Ele já decidiu que vai colocar. O que nós dissemos é o seguinte, é óbvio que é uma matéria complexa, talvez requeresse mais tempo, mas o governo está preparado para fazer essa discussão”, disse.

A ministra ainda voltou a reiterar os pontos de preocupação, no texto, para o governo: “tipo penal, o perdimento extraordinário e a questão dos fundos federais”.

Motta disse “não saber se é possível” um texto de consenso em torno do projeto de lei antifacção.

“Vou trabalhar texto que consiga aglutinar todos os interesses no que diz respeito a montagem de uma proposta boa para o País, tecnicamente eficiente, que a gente possa avançar na parte de segurança”, disse ao deixar a Câmara.

Motta afirmou que Derrite “não está se negando a atender” ponderações técnicas feitas pelo governo federal. “Está vendo o que tem compatibilidade com seu relatório. […] Está avaliando uma maneira de atender”, disse o presidente, citando a especificamente ponderações do Executivo sobre o financiamento dos fundos federais de segurança e as questões envolvendo o perdimento de bens do crime.

O presidente sinalizou ainda que não está confirmada, à priori, a participação de Derrite na reunião com a ministra das Relações Institucionais e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, na manhã desta terça.

Já sobre o destaque que deve ser apresentado pela oposição no sentido de retomar a equiparação das facções criminosas ao terrorismo, Motta indicou que é “direito de todo partido apresentar destaque” e afirmou que vai conversar com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Mais cedo, o presidente da Câmara declarou estar confiante que uma nova versão do relatório do deputado Derrite “terá apoio amplo” no plenário da Casa. Motta pautou o tema para votação nesta terça, 18.

“O relatório está sendo construído para podermos votar confiando que a Câmara dará a resposta mais dura da história para o tema urgente da segurança pública”, afirmou o deputado em entrevista à Rádio BandNews.

 

 

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