Ex-ministro de Bolsonaro confirmou prisão em telefonema ao gabinete de Moraes
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres soube da decretação da prisão de seu cliente, nesta terça-feira, 25, após uma conversa telefônica com a chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Torres estava no escritório de seus advogados desde a manhã desta terça-feira para discutir um novo recurso ao STF, cujo prazo vencia no próximo dia 3. Ele foi condenado a 24 anos de prisão na ação da trama golpista.
Depois de lerem as notícias sobre a decisão de Moraes que concluiu o processo da trama golpista e ordenou o cumprimento definitivo da pena, os advogados de Torres ligaram ao gabinete do magistrado.
No telefonema, logo confirmaram a ordem de Moraes e, em seguida, receberam o documento judicial no celular. A defesa informou que Torres se entregaria imediatamente e colaboraria com a Polícia Federal (PF).
Torres deixou o escritório escoltado por policiais federais até o Instituto Médico Legal (IML), na PF. Em seguida, foi levado ao 19º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha, que fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. O local é destinado à prisão de policiais. Torres é delegado da Polícia Federal e deve perder o cargo nos próximos dias.
Em nota, o advogado de Torres, Eumar Novacki, afirmou que “lamenta que as inúmeras provas que demonstram não estar envolvido com qualquer tentativa de golpe de Estado tenham sequer sido consideradas na decisão que o condenou a uma pena duríssima de 24 anos de prisão”.
Nessa segunda-feira, a defesa do ex-ministro pediu a Moraes que Torres cumprisse pena na Superintendência da PF, onde está o ex-presidente Bolsonaro, ou no Batalhão de Aviação Operacional.
