27 de novembro de 2025
Politica

PL suspende salário e atividades de Bolsonaro após cumprimento de pena na prisão

BRASÍLIA – O Partido Liberal (PL) suspendeu o salário e as atividades do ex-presidente Jair Bolsonaro após ele começar a cumprir a pena de 27 anos de prisão à qual foi condenado.

O partido informa que vai cancelar as atividades e a remuneração de Bolsonaro, que é presidente de honra do partido e tem um salário de R$ 42 mil, em razão da suspensão dos direitos políticos devido à condenação, “enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP (ação penal) 2.668″.

Jair Bolsonaro em prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília
Jair Bolsonaro em prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília

O partido diz que a medida é para cumprir a lei 9.096/95, cujo artigo 22 prevê que o partido deve “cancelar imediatamente” a filiação partidária de alguém em caso de morte, perda dos direitos políticos, expulsão, “outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da decisão” e “filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral”.

Bolsonaro está numa cela especial na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde sábado, 22, quando foi preso preventivamente por ter tentado violar a tornozeleira eletrônica e levantar na Polícia Federal a suspeita de fuga.

Na terça-feira, 25, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encerrou o processo e determinou o início do cumprimento da pena. Os demais condenados no “núcleo crucial” da trama golpista foram levados para unidades diversas das Forças Armadas e do sistema penitenciário.

Bolsonaro tem sido visitado pelos familiares na última semana, mediante autorização do STF. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também recebe salário como presidente do PL Mulher, e os três filhos que moram no Brasil – o senador Flávio (PL-RJ) e os vereadores Carlos (PL-RJ) e Renan (SC) – foram vê-lo na PF.

Michelle tem enviado marmitas ao marido, levados por um de seus irmãos, Eduardo Torres, uma das principais companhias de Bolsonaro durante sua prisão domiciliar, uma vez que familiares podiam visitá-lo sem pedir autorização.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *