Taxa mínima de entrega de R$ 10 pode aumentar preço do pedido em 22%, aponta iFood
O iFood aponta que uma eventual taxa mínima de R$ 10 por entrega e um adicional de R$ 2,50 por quilômetro rodado, em discussão na Câmara, podem aumentar em 22% o custo final para o consumidor. O relatório da regulamentação do trabalho por aplicativos deve ser apresentado nos próximos dias pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE). Segundo uma simulação da empresa de delivery obtida pela Coluna do Estadão, restaurantes perderiam 43% do faturamento, o que deixaria 292 mil entregadores sem emprego.
No cenário de aprovação dessas duas medidas em estudo na Câmara, o aplicativo afirma que o aumento no preço dos pedidos diminuiria a renda dos trabalhadores da plataforma. A estimativa cita que a renda total dos entregadores cairia até 77%.
O relator, Augusto Coutinho, estuda incluir também na legislação um modelo de contribuição previdenciária opcional para os trabalhadores de diversas plataformas de intermediação.
A sugestão de as empresas pagarem R$ 10 por entrega, com adicional de R$ 2,50 por quilômetro excedente, foi proposta formalmente pelo ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos, em maio passado. Quando exercia o mandato de deputado, Boulos apresentou um projeto de lei que previa ainda “reajuste anual, transparência do algoritmo, pontos de apoio, proteção de dados e atendimento pessoal ao entregador por parte das big techs”.

