10 de dezembro de 2025
Politica

Associações criticam proibição de acesso da imprensa ao plenário da Câmara; Motta diz que vai apurar

BRASÍLIA – Associações de jornalismo brasileiras repudiaram o cerceamento ao trabalho da imprensa na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 9. Após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), jornalistas foram impedidos de acessar o plenário e a TV Câmara suspendeu a exibição da sessão.

Deputado Glauber Braga foi retirado da Mesa Diretora da Câmara pela Polícia Legislativa
Deputado Glauber Braga foi retirado da Mesa Diretora da Câmara pela Polícia Legislativa

“O impedimento do trabalho de jornalistas e o corte de sinal da TV Câmara são incompatíveis com o exercício da liberdade de imprensa”, afirmaram a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ).

“A ANJ, Abert e Aner esperam a apuração de responsabilidades para que tais práticas de intimidação não se repitam e que sejam preservados os princípios da Constituição Brasileira, que veda explicitamente a censura.”

Em pronunciamento após o início da sessão, Motta afirmou que determinou a apuração de “todo e qualquer excesso cometido contra a cobertura da imprensa”. O presidente da Câmara ainda justificou a medida a partir do Regimento Interno, que diz que o ingresso, a circulação e a permanência nos edifícios e locais sob responsabilidade da Casa estarão sujeitos à interrupção ou suspensão por questões de segurança.

Glauber protestou contra o processo de cassação do qual é alvo na Casa. Após 45 minutos, o deputado foi retirado à força da cadeira pela Polícia Legislativa. A imprensa não pôde acompanhar os desdobramentos do episódio de dentro do plenário. Os vídeos foram divulgados por deputados.

 

 

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