Congresso começa a pagar o preço de Flávio com penas menores para Bolsonaro
Primeiro o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que tinha um preço para recuar de sua pré-candidatura ao Planalto: a anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro e o seu pai nas urnas. Depois negou que o anúncio de seu nome fosse uma negociata para pressionar o Congresso a salvar Jair Bolsonaro da prisão, pois sua exigência era impossível. Mas o meio-termo passou a ser negociado.
Menos de 24 horas depois de Flávio jantar com representantes de parte do Centrão, Câmara e Senado começaram a pagar a fatura, e seus presidentes anunciaram acordos para votar o projeto da dosimetria. Até Davi Alcolumbre, antes visto como empecilho para pautar a matéria, garantiu celeridade. Flávio entrou apressado no plenário e foi diretamente cumprimentar o presidente da Casa.
Embora congressistas da oposição e do governo ainda não levem a sério a pré-candidatura de Flávio, ninguém aposta taxativamente que ele recuará, mesmo com a aprovação da redução das penas aplicadas aos golpistas. Pelo menos não agora.
Antes de chegar às pressas ao plenário do Senado, Flávio participara de reunião na sede do PL. Foi um encontro fechado com integrantes do partido, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo apurou a Coluna do Estadão, na reunião fechada com os correligionários, Flávio disse que a redução de penas não é o que ele queria, mas era o primeiro passo.
Valdemar avaliou que a candidatura de Flávio ajudará o partido a ampliar o tamanho de sua bancada na Câmara. E calculou fazer de 100 a 120 deputados.
