Moraes mantém exigência de sua autorização para visitas de Michelle e filhos a Bolsonaro na PF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para facilitar o esquema de visitas a ele na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Os advogados solicitaram que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente fossem cadastrados para acessar a carceragem de segunda a sexta, nos horários permitidos, sem necessidade de autorização prévia do STF.
Atualmente, a defesa precisa submeter cada pedido de visita ao gabinete do ministro, relator do processo, e os visitantes só entram com autorização judicial.
Em sua decisão, Moraes afirmou que “não há qualquer motivo razoável para que sejam feitas alterações” no procedimento. Segundo o ministro, o sistema foi adotado para “garantir uma melhor organização”.
“O cumprimento de pena na Superintendência, em Sala de Estado Maior, é excepcional e, portanto, tem regras específicas para a garantia de segurança de todos àqueles que transitam pelo local, bem como do próprio custodiado”, escreveu o ministro.
As visitas são individuais, com duração máxima de 30 minutos, e em dias e horários específicos (apenas às terças e às quintas-feiras, das 9h às 11h). Somente médicos e a defesa têm acesso livre ao ex-presidente.
Nesta quinta, Moraes também pediu uma perícia médica oficial da Polícia Federal antes de decidir se autoriza as cirurgias solicitadas pelo ex-presidente.
A defesa pediu que Bolsonaro deixe a carceragem da PF e seja removido ao hospital DF Star, em Brasília, para passar por duas cirurgias – uma para o tratamento do quadro de soluços e outra para tratar complicações de uma hernia inguinal.
