19 de dezembro de 2025
Politica

Brasil precisa condenar ataque na Austrália ‘nos mais duros termos’, diz entidade judaica

Diretor-executivo do Instituto Brasil-Israel, Pedro Kelson diz que o ataque terrorista na Austrália neste domingo, 14, expõe a necessidade de atenção de todas as nações para o crescimento desses casos de violência. Ele cobra dos governos, inclusive do brasileiro, manifestação de repúdio.

“Esperamos que os governos mundiais, incluindo o brasileiro, condenem o episódio nos mais fortes termos e que as investigações levem aos responsáveis”.

Um ataque terrorista que tinha como alvo judeus causou a morte de pelo menos 12 pessoas e deixou dezenas de feridos na praia de Bondi, uma das mais movimentadas de Sydney, na Austrália. O ataque aconteceu no local onde a comunidade judaica se reunia para início das celebrações de Chanucá, a tradicional Festa das Luzes, que integra o calendário judaico. Dois atiradores realizaram o ataque, um foi morto e outro foi ferido.

Serviço de emergência atende vítimas de ataque na Austrália
Serviço de emergência atende vítimas de ataque na Austrália

Kelson diz que é preciso agir também para evitar novos episodios de intolerância. “Mais do que agir depois, é urgente intensificar ações preventivas que possam frear o crescimento de casos de antissemitismo na Austrália ou em qualquer outro lugar, preservando a segurança e o direito à fé de qualquer que seja a religião”, conclui o diretor-executivo do IBI.

Pedro Kelson relata haver uma explosão de casos de intolerância religiosa na Austrália nos últimos anos. Para ele, casos assim reforçam que “a sensação de insegurança das comunidades judaicas não é injustificada.”

“Temos acompanhado com muita preocupação o movimento antissemita crescente no país. Foram pichações, incêndios em sinagogas, casos de violência e que culminam agora nessa tragédia, muitas vezes tendo como disfarce ou falsa argumentação o antissionismo.

Chanucá é uma festa judaica que costuma ser celebrada no espaço público. É tradição familiares e amigos se juntarem para acender juntos as velas do candelabro que simboliza a ocasião.

“Os judeus, portanto, se tornam mais visíveis e vulneráveis à violência manifestada por esse descontrolado antissemitismo”, alerta.

 

 

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