18 de dezembro de 2025
Politica

Fiscalização encontra inseto, parafuso e plástico em comida de restaurante do Ministério da Saúde

BRASÍLIA – Uma fiscalização encontrou um inseto, um parafuso metálico e um pedaço de plástico na comida do restaurante do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios. Houve relatos de pessoas com intoxicação alimentar na última semana.

Fiscalização encontrou inseto, parafuso metálico e pedaços de plástico na comida do restaurante do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios.
Fiscalização encontrou inseto, parafuso metálico e pedaços de plástico na comida do restaurante do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios.

A inspeção foi realizada pelo próprio Ministério da Saúde, responsável por fiscalizar o contrato com a empresa DMI Comércio de Alimentos e Bebidas LTDA, que assumiu há 15 dias o restaurante do órgão.

Na noite desta terça-feira, 16, após a publicação da reportagem, o Ministério da Saúde comunicou que suspendeu o funcionamento do restaurante diante das irregularidades encontradas.

A empresa foi notificada na última sexta-feira, 12, e disse ao Estadão que o episódio foi pontual e que está tomando todas as providências. O estabelecimento não foi interditado e seguia servindo refeições para servidores e visitantes que passam pelo local até a tarde desta terça.

Segundo a inspeção técnica, houve “falhas graves” na manipulação dos alimentos e violação às regras do contrato firmado entre a pasta e a companhia. O restaurante deverá realizar análises microbiológicas completas das amostras dos alimentos para identificar a presença de substâncias que possam ter ocasionado as intoxicações.

Além disso, a empresa foi notificada a providenciar um laudo de laboratório em dez dias e um plano de ação com revisão dos procedimentos de higienização dos alimentos, treinamento emergencial da equipe, reforço das boas práticas de fabricação e medidas de controle e prevenção de perigos físicos e biológicos. A companhia pode sofrer advertências e até ter o contrato rompido se não cumprir as exigências.

Assim como outros ministérios, a Saúde possui um restaurante aberto para os servidores e o público em geral. Os estabelecimentos são conhecidos por fornecer refeições mais baratas que outros da área central de Brasília. O quilo da alimentação, por exemplo, custa R$ 32,10, enquanto outros locais servem refeições acima de R$ 100 o quilo na capital federal.

A empresa ganhou a licitação para explorar o serviço oferecendo o menor valor por quilo de acordo com as exigências do ministério. Em troca, ela deve pagar um valor anual de R$ 38 mil para a pasta, enquanto despesas com água, energia e vigilância serão dividas entre o poder público e a concessionária. A DMI Comércio de Alimentos e Bebidas LTDA possui contratos com outros ministérios na Esplanada.

“Foram coletadas amostras dos alimentos servidos e imediatamente enviados para análise laboratorial. Com o resultado do laudo, previsto para a próxima semana, novas medidas serão adotadas conforme o contrato”, disse o ministério em nota ao Estadão. “O Ministério da Saúde seguirá atuando para garantir a segurança dos usuários.”

Empresa diz que episódio foi pontual e vai adotar todas as providências necessárias

O dono do restaurante, Daigoro Michael Ito, afirmou ao Estadão que os episódios foram pontuais e que todas as providências exigidas pelo ministério estão sendo tomadas.

De acordo com ele, houve relatos de quatro pessoas passando mal em um dia e três em outro, mas as informações não chegaram diretamente à empresa e foram citadas pela própria fiscalização.

“Nesse mundo de restaurantes, se você não fizer uma lavagem correta, uns bichinhos bem pequenininhos dão em folhagens”, disse o proprietário.

Segundo a empresa, um cliente relatou que encontrou uma “larvinha” na salada de couve-flor e avisou os responsáveis pelo estabelecimento.

No caso do parafuso, a empresa constatou que o objeto saiu de um cortador de legumes e caiu em uma bacia onde estava sendo preparado um vinagrete. Sobre o pedaço de plástico, a empresa afirmou que o objeto veio de embalagens contendo peixes entregues por um fornecedor.

O representante da companhia disse ainda que a empresa está há 12 anos no mercado, nunca teve problemas anteriores com higiene e manipulação dos alimentos e que as pessoas podem ficar tranquilas ao consumir os produtos.

 

 

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