21 de dezembro de 2025
Politica

Eduardo Bolsonaro cogita ‘passaporte de apátrida’ para permanecer nos EUA após cassação

Após ter seu mandato como deputado federal cassado pela Mesa Diretora da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) falou sobre a possibilidade de perder seu passaporte diplomático e nas consequências dessa situação em entrevista ao SBT News na noite deste sábado, 20.

“Fiquei sabendo que há uma ordem a todas as embaixadas e consulados brasileiros para que eu não possa ter o passaporte comum. Assim sendo, dentro de 30 ou 60 dias, assim que eu perder meu mandato e for notificado, tenho que devolver o meu passaporte diplomático”, afirmou Bolsonaro, sem dar mais detalhes sobre a origem da informação.

“Vou ficar sem passaporte brasileiro em mais uma tentativa de Alexandre Moraes de minar o meu trabalho. Estou ‘vacinado’, sei as estratégias dele. […] Em princípio, estou sob risco de perder o passaporte brasileiro. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo. Ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como é que isso acontece”, continuou.

Segundo o site da Câmara, o passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro e sua esposa foi emitido em 2023, com validade até 31 de julho de 2027. A página indica que o documento não é mais válido.

O filho de Jair Bolsonaro não acredita que a perda do mandato prejudicará sua vida política no exterior: “As pessoas não me recebem porque tenho diploma de deputado federal na parede. Me recebem porque há muitos anos gasto dinheiro do meu próprio bolso rodando o mundo e, por isso, as portas se abrem, principalmente no cenário conservador. Entrevistas em canais internacionais, em inglês ou espanhol. Isso continuará ocorrendo.”

Com mandato de deputado federal cassado, Eduardo Bolsonaro falou sobre possibilidades envolvendo seu passaporte durante entrevista ao SBT News neste sábado, 20.
Com mandato de deputado federal cassado, Eduardo Bolsonaro falou sobre possibilidades envolvendo seu passaporte durante entrevista ao SBT News neste sábado, 20.

Questionado sobre a escolha de seu irmão, Flávio, para uma possível candidatura à presidência apoiada pela família em 2026, respondeu: “Eu de maneira nenhuma fiquei triste, muito pelo contrário. Trabalhei para a escolha do nome do Flávio, que é um nome viável.”

“É uma pessoa que vai atrair esse voto das pessoas de centro, que não seguem, necessariamente, a política. O Flávio já está sentando com agentes do centro, pessoas do mercado financeiro. Cada vez mais vai colocar adiante a sua campanha. O que eu posso contribuir é a parte internacional: contatos com o mundo árabe, Israel, os Estados Unidos, El Salvador…”, prosseguiu.

Sobre sua atuação em solo norte-americano, comentou: “Não fiz recentemente mais nenhuma ida a Washington. Os contatos seguem principalmente através de WhatsApp ou redes sociais.”

Eduardo Bolsonaro também negou que tenha atuado em favor da aplicação de tarifas à economia brasileira por parte dos Estados Unidos: “O que fizemos aqui foram reuniões parlamentares, contatos com autoridades. Não fiz lobby. Nunca trabalhei por tarifas ao Brasil.“

“Mas essa foi a decisão do presidente Trump, assim como retirar Alexandre de Moraes da Lei Magnitsky. Certamente ele fez isso pelo melhor interesse dos americanos, que é o que ele tem que fazer enquanto presidente. Tenho muita gratidão por ele ter prestado atenção na situação emergencial do Brasil”.

 

 

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