30 de dezembro de 2025
Politica

STF dá autonomia para PF ouvir diretor do BC e dono do Master e decidir se haverá acareação

BRASÍLIA – Depois de determinar que a Polícia Federal fizesse acareação para instruir a investigação sobre o Banco Master, o ministro Dias Toffoli deu autonomia para a delegada encarregada do caso decidir se haverá mesmo necessidade de pôr os interrogados frente a frente. Estarão presentes à audiência Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB; e Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central.

O Supremo Tribunal Federal informou nesta segunda-feira, 29, que o procedimento determinado pelo ministro será realizado no prédio da Corte e começará com o depoimento dos intimados. Se a PF considerar que não há contradições a esclarecer, não haverá necessidade de realizar a acareação.

O ministro Dias Toffoli deu autonomia para a PF decidir se será necessário uma acareação
O ministro Dias Toffoli deu autonomia para a PF decidir se será necessário uma acareação

Autora do pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Vorcaro, a delegada da Polícia Federal Janaína Palazzo será a responsável por conduzir os interrogatórios.

Toffoli havia pedido ao diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, para designar um delegado para a condução das diligências. Rodrigues decidiu manter a delegada que conduzia o caso desde o início. Palazzo é a chefe da Delegacia de Inquéritos Especiais da Superintendência da PF em Brasília.

A delegada apontou à Justiça Federal a existência de irregularidades na venda de falsas carteiras de crédito consignado do Banco Master para o BRB por R$ 12,2 bilhões. Com base nos indícios colhidos, a delegada pediu à Justiça Federal a prisão preventiva de Vorcaro e outros dirigentes do Master.

No último dia 27, Toffoli rejeitou o recurso apresentado pelo Banco Central (BC)que pedia mais explicações sobre a acareação em investigação sobre o Banco Master, marcada para a terça-feira. Na decisão proferida neste sábado, 27, Toffoli afirmou que o BC e o diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino Santos não figuram como investigados no processo e os definiu como “terceiros interessados”.

A decisão que determinou realização de acareação sofreu críticas do mercado financeiro e também do meio jurídico. Não havia clareza dos motivos que levaram Toffoli a pedir a realização do procedimento, uma vez que os intimados nem tinham sido interrogados. A acareação, nas investigações criminais, ocorre após depoimentos para esclarecer contradições.

 

 

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