30 de junho de 2025
Politica

‘Não conversei com Mauro Cid, nem por terceiros’; assista à audiência de custódia de Marcelo Câmara

Ao ser ouvido na audiência de custódia, na última quinta-feira, 19, o coronel Marcelo Câmara negou ter tomado se envolvido nas conversas do seu advogado, Eduardo Kuntz, com o tenente-coronel Mauro Cid, delator da trama golpista.

“Desde que eu fui solto, no dia 16 de maio, procurei seguir todas as medidas cautelares que me foram impostas, inclusive esta que eu estou sendo acusado de ter quebrado. Eu não conversei com o colaborador, nem por terceiros”, afirmou o coronel.

A audiência de custódia é um procedimento padrão. Ela serve para o juiz avaliar a legalidade do cumprimento do mandado de prisão. São analisados aspectos como o tratamento dispensado ao preso.

Após ouvir o coronel, o juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar no gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva por considerar que o procedimento foi regular.

A prisão de Marcelo Câmara foi decretada depois que seu advogado entregou ao STF mensagens que afirma ter trocado com Mauro Cid por meio de um perfil no Instagram em nome de “Gabriela” (@gabrielar702).

Para Alexandre de Moraes, o coronel, por meio de seu advogado, tentou obter informações sigilosas sobre a delação premiada de Mauro Cid, o que segundo o ministro pode caracterizar crime de obstrução de investigação. Moraes determinou a instauração de um inquérito. Além de Marcelo Câmara, seu advogado também será alvo da apuração.

Segundo o ministro, Marcelo Câmara também descumpriu a decisão que o proibiu de usar redes sociais “próprias ou por terceira pessoa” e de manter contato com outros investigados, “inclusive por intermédio de terceiros”.

Coronel Marcelo Câmara foi ouvido na audiência de custódia.
Coronel Marcelo Câmara foi ouvido na audiência de custódia.

A defesa pediu nesta segunda-feira, 23, a revogação da prisão. Eduardo Kuntz afirma que Marcelo Câmara não participou de qualquer contato com Mauro Cid nem tinha conhecimento das conversas.

A defesa também alega que as conversas com o tenente-coronel são de março de 2024. As medidas cautelares que proibiram Marcelo Câmara de usar redes sociais e de conversar com outros investigados foram impostas em maio daquele ano.

 

 

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