4 de julho de 2025
Politica

TCU investiga os gastos para trazer ex-primeira-dama do Peru ao Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando o sigilo de cinco anos imposto aos gastos necessários para trazer a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, ao Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O processo, que foi aberto pela deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), ainda corre em sigilo e sem documentos públicos. A informação foi divulgada pelo UOL nesta quinta-feira, 3.

Nadine Heredia Alarcón recebeu asilo diplomático brasileiro, apesar de ser condenada por corrupção no Peru.
Nadine Heredia Alarcón recebeu asilo diplomático brasileiro, apesar de ser condenada por corrupção no Peru.

Anteriormente, a deputada já tinha questionado a permanência de Heredia no Brasil por meio de seu perfil no X (antigo Twitter). “‘É uma questão de caráter humanitário’, disse o ministro Lewandowski ao justificar o asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru, condenada por lavagem de dinheiro e em tratamento contra um câncer. Humanidade e benevolência que, curiosamente, não se aplicam aos presos políticos do 8 de janeiro no Brasil”.

Asilo diplomático gerou atrito para o governo

A ex-primeira dama peruana chegou ao Brasil em 16 de abril. Ela e o marido, ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão em julgamento relacionado à Operação Lava Jato.

O ex-presidente peruano foi à audiência no tribunal e, após a condenação, permaneceu preso. Nadine Heredia, por sua vez, não compareceu. Após o veredito, ela se dirigiu à embaixada brasileira com o filho Samir Mallko Ollanta Humala Heredia e pediu asilo.

O governo brasileiro concedeu asilo sob a justificativa de “proteção humanitária”. Heredia alega enfrentar um câncer e ser vítima de perseguição política.

A ONG Transparência Internacional e opositores do governo se posicionaram contrários à concessão do asilo diplomático. O deputado Evair de Melo (PP-ES) sugeriu à PGR a investigação de possíveis irregularidades na concessão do asilo diplomático e no uso de recursos públicos no transporte dela pela Força Aérea Brasileira (FAB).

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *