9 de julho de 2025
Politica

Plano Safra: Ministério da Agricultura refuta acusações de maquiagem e aponta fake news

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, rebateu as críticas sobre o Plano Safra 2025/26 da agricultura empresarial ter sido anunciado em julho, com a safra em vigência. Campos ressaltou o atraso do Congresso ao votar o Orçamento deste ano.

“O atraso na votação do Orçamento afetou a definição do Plano Safra, mas foi mantido o lançamento dentro do usual. Foi um dos fatores que dificultaram a formação desse Plano Safra com Selic de 15% e meta fiscal a ser cumprida”, afirmou Campos.

A política de crédito oficial para médios e grandes produtores foi anunciada dia 1º de julho, data de início da temporada. A expectativa é que em até 15 dias os recursos estejam disponíveis para contratação na ponta pelos produtores rurais.

Campos também refutou as acusações da bancada da agropecuária de maquiagem nos números do Plano Safra. Foram anunciados R$ 516,2 bilhões em financiamentos para médios e grandes produtores, incluindo Cédulas de Produto Rural (CPRs), o que é questionado pelo setor.

“Não há maquiagem. É uma adequação à realidade. São mais de R$ 180 bilhões de títulos que não poderiam ficar fora da conta”, justificou o secretário.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que o recorde do Plano Safra 2025/26 será a elevação do custo ao produtor rural em R$ 58 bilhões de juros.

“Essa alta da taxa de juros das linhas está custando mais de R$ 58 bilhões aos produtores rurais em juros. Esse é o recorde apresentado pelo governo”, afirmou Lupion na última semana.

Guilherme Campos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura
Guilherme Campos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura

Governo elevou taxas de juro do crédito rural entre 1,5 e 2 pontos percentuais

Ao anunciar o Plano Safra Empresarial, em 1º de julho, o governo federal elevou as taxas de juros do crédito rural entre 1,5 e 2 pontos porcentuais, para 8,5% a 14% ao ano, entre as linhas de custeio e investimento.

O plano oferecerá um total de R$ 516,2 bilhões em financiamentos para médios e grandes produtores agrícolas, 1,5% a mais do que na temporada 2024/25, quando foram ofertados R$ 508,6 bilhões.

No Plano Safra anterior, os juros oscilavam de 7% a 12%. O aumento dos juros foi considerado “inevitável” pelo governo diante da escalada da Selic, a taxa básica de juros, que passou de 10,5% a 15% ao ano entre as safras.

 

 

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