Demissão de presidente dos Correios deve ficar para próxima semana
A reunião entre o presidente Lula e o presidente dos Correios, Fabiano Silva, para oficializar o pedido de demissão apresentado por Silva na última sexta-feira, 4, dificilmente acontecerá nesta semana. Nesse intervalo, Silva está de licença médica e a estatal tem sido chefiada interinamente pela diretora de Governança, Juliana Agatte.
Pressionado após prejuízos bilionários da empresa, Fabiano Silva entregou uma carta de demissão ao chefe do gabinete de Lula, na última sexta-feira, 4. Na ocasião, o presidente estava na Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro.
A dispensa só será oficializada após uma reunião entre Lula e Silva, que deve ser apenas protocolar, segundo pessoas ligadas ao caso.
Estatal acumula prejuízo crescente
O prejuízo da companhia no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1,7 bilhão, o pior resultado para o período desde a série histórica, iniciada em 2017. No ano passado, o rombo nas contas dos Correios foi de R$ 2,6 bilhões. Para tentar contornar a crise, a empresa se comprometeu com a equipe econômica a economizar R$ 1,5 bilhão ainda em 2025.
Uma das esperanças de cortar os gastos é o Plano de Desligamento Voluntário (PDV), com o qual a empresa prevê economizar R$ 1 bilhão ao ano. Outra expectativa da cúpula dos Correios é obter um financiamento de R$ 3,8 bilhões do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics e presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.