17 de julho de 2025
Politica

Múcio diz que ‘desconhece fatos’ e pede para não depor como testemunha de kid preto espião de Moraes

Por meio da Advocacia-Geral da União, o ministro da Defesa do governo Lula, José Múcio Monteiro, pediu para ser retirado do leque de testemunhas de defesa na ação do golpe. O ministro havia sido arrolado pelo tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, apontado pelo procurador-geral da República como o “kid-preto” – força especial do Exército – responsável pelo monitoramento do ministro Alexandre de Moraes.

José Múcio alegou que “desconhece os fatos objetos da presente ação penal”.

Ministro da Defesa José Múcio Monteiro foi arrolado como testemunha de defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, acusado de participar do plano  ‘Punhal Verde e Amarelo'
Ministro da Defesa José Múcio Monteiro foi arrolado como testemunha de defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, acusado de participar do plano ‘Punhal Verde e Amarelo’

O ministro da Defesa foi arrolado para participar de audiência marcada para 22 de julho, às 9 horas. “O requerente informa que desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal, motivo pelo qual requer o indeferimento da sua oitiva na qualidade de testemunha”, destacou a petição assinada pela Advocacia-Geral da União.

O tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, que incluiu o ministro como sua testemunha, é acusado de participar do grupo “Copa 2022”, que, em troca de mensagens, formulou o “Punhal Verde e Amarelo”, plano que previa o assassinato do então presidente eleito Lula e do vice, Geraldo Alckmin.

Segundo a denúncia da PGR, o grupo deu “início à fase mais violenta de seu projeto de poder”, com anuência do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

A PGR separou em núcleos os 33 réus. No núcleo 3, a Procuradoria-Geral da República denunciou nove militares e um policial federal, acusados de planejar a execução de atos para o golpe.

Segundo as investigações, esse grupo foi responsável por formular o plano “Punhal Verde e Amarelo”.

Os dez réus do núcleo 3:

  • Três coronéis do Exército: Bernardo Romão Corrêa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Júnior;
  • Cinco tenentes-coronéis: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  • Um general da reserva: Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira;
  • Um agente da Polícia Federal: Wladimir Matos Soares.

 

 

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