Wajngarten defende Bolsonaro após determinação do uso de tornozeleira eletrônica: ‘Patifaria’
O ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL) Fábio Wajngarten criticou a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de impor medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, ao ex-presidente na manhã desta sexta-feira, 18. “Vamos parar de promover patifaria”, disse Wajngarten.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Wajngarten defendeu Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente “nunca disse que deixaria o Brasil”.

Em outra publicação, Wajngarten chamou a operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra o ex-presidente de “perseguição” e afirmou que Bolsonaro “sempre cumpriu tudo que lhe era injustamente imposto”.
É inacreditável e inaceitável a perseguição contra o Presidente Bolsonaro.
Ele sempre cumpriu tudo que lhe era injustamente imposto.
Não há em absoluto nenhum fato novo.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) July 18, 2025
Wajngarten também compartilhou em seu perfil a nota do atual advogado da defesa de Bolsonaro, Celso Vilardi, dizendo ter recebido com “surpresa e indignação” a decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor medidas restritivas ao ex-chefe do Executivo. A defesa classificou como “severas” as determinações.
Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro precisa se submeter a recolhimento domiciliar das 19h às 7h, em dias úteis, e durante todo o final de semana.
O ex-presidente também foi proibido de acessar redes sociais e não poderá se comunicar com diplomatas ou embaixadores estrangeiros nem com outros réus e investigados pelo STF.
As medidas restritivas contra o ex-presidente foram determinadas porque a PF identificou que Bolsonaro tem atuado para dificultar o julgamento do processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, e disse que as ações poderiam caracterizar crimes de coação no curso do processo, obstrução de justiça e ataque à soberania nacional.
Wajngarten também prestou depoimento à Polícia Federal, no dia 1º de julho, sobre um possível interferência no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. O advogado negou e disse que repudia “de forma veemente a acusação de tentativa de tumultuar, de desorganizar, de atrapalhar, embaraçar a investigação”.