19 de julho de 2025
Cultura

Encontro discute desafios e caminhos para a Política Nacional Cultura Viva na Bahia

Texto e foto: Lucas Rodriguez | Supervisão: Thaís Seixas

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) marcou presença no encontro ‘Cultura Viva na Bahia Hoje’, realizado nesta sexta-feira (18), no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, com a proposta de discutir os desafios e caminhos para a Politica Nacional Cultura Viva. O evento foi aberto ao público e reuniu diferentes autoridades das esferas federal, estadual e municipal.

Participaram a mesa Nathália Leal, coordenadora dos programas Cultura Viva Salvador e Boca de Brasa, que representou o presidente da FGM, Fernando Guerreiro; Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura; Amanda Cunha, superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura da Secult-BA; Alessandro Tuxi, representante do Ponto de Cultura Associação Indígena Tuxi; e Beth Vieira, que representa o Ponto de Cultura Cria.

Entre os principais temas discutidos, estavam o fortalecimento da rede de pontos de cultura, a importância da articulação entre os territórios e os desafios da institucionalização da cultura como política pública. Amanda Cunha, representante da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), destacou que “ponto de cultura é um organismo vivo”, ressaltando a força e a dinâmica desses espaços como agentes de transformação social.

Outro ponto do debate foi a necessidade de uma política pedagógica que valorize a profissionalização das artes nas escolas da Bahia, reconhecendo o papel formativo e transformador da cultura desde a base. Também foram levantadas questões estruturais, como a ausência de acesso à internet em diversos territórios, e os desafios dos processos seletivos.

A coordenadora do Programa Cultura Viva Salvador, Nathália Leal, destacou a importância do diálogo entre os entes federativos para o desenvolvimento de uma política cultural ampla e consistente. “Esse debate foi fundamental para a gente conhecer os Pontos de Cultura mais uma vez e estabelecer uma relação com os outros entes. Esse momento reforça o pacto federativo na realização da política Cultura Viva”.

Para Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, o encontro foi um marco para o fortalecimento da política Cultura Viva em diálogo com a universidade, os mestres da cultura e diversos agentes do setor. Ela destacou a participação em uma aula pública e virtual promovida pela Faculdade de Comunicação da Ufba sobre a Cultura Viva.

“Vivenciei o resultado dessa disciplina, que envolveu os mestres e as mestras e foi maravilhosa. Hoje, nesta mesa, eu tive a possibilidade de ouvir. A gente se sente escrevendo a história do Sistema Nacional de Cultura com os vários desafios, mas em uma comunidade responsável, entendendo e se apropriando dessa política, para que ela seja cada vez mais pública e a gente tenha esses direitos culturais reconhecidos cada vez mais no conjunto do país”.

Já Alessandro Tuxi, representante do Ponto de Cultura Associação Indígena Tuxi, relatou a importância do encontro como um espaço de união entre os povos. “É um espaço muito importante para o fortalecimento das práticas culturais existentes no nosso estado. Enquanto indígena, participar desse momento é uma experiência única, porque agrega valores. Também destacar que esse é um espaço de luta e de compreensão de que nós somos fazedores de cultura”.

O encontro reforçou a importância de manter os espaços de diálogo e escuta ativa entre sociedade civil e poder público, reafirmando a cultura como um direito e um caminho para a transformação social.

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