PF apreende Porsches e quadros de Guignard e Portinari em operação sobre desvios no DNIT de Amapá
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira, 22, onze mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Route, que investiga supostos desvios de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amapá. Segundo os investigadores, houve desvio de aproximadamente R$60 milhões em contratos e licitações para a manutenção e recuperação da rodovia BR-157.
O Estadão busca contato com as defesas dos investigados e com a assessoria do DNIT. Espaço segue aberto.
No endereço de um dos investigados, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, foram apreendidos três carros porsche e 13 quadros de obras de arte de Guignard e Portinari, joias e relógios de luxo. No Amapá, policiais encontraram com outro investigado um fuzil, três pistolas e aproximadamente 250 munições. A PF iniciará processo para cassar investigado que possui registro de CAC.
Por decisão da 4ª Vara Federal do Amapá, a PF, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) realizou busca em endereços no Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Amazonas. O Superintendente do DNIT/AP e uma servidora foram afastados cautelarmente da função pública por dez dias, sob a suspeita de colaborarem no esquema criminoso.
Também foi realizado bloqueio de bens e valores dos investigados no montante total de R$8 milhões. A PF afirma que o valor é equivalente aos saques em espécie e movimentações financeiras atípicas.
Para os investigados da PF e CGU, o grupo fraudava os processos licitatórios com propostas fictícias e cláusulas indevidamente restritivas nos editais. Os policiais apontam que há indícios de ‘omissões propositais de servidores públicos no dever de fiscalizar e instaurar processos administrativos diante de irregularidades’.
Com a palavra, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
A reportagem pediu uma manifestação para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Espaço segue aberto.
Com a palavra, as defesas
O Estadão busca contato com as defesas dos investigados. (nabert.antonino@estadao.com e fausto.macedo@estadao.com)