Andreazza: ‘Problemas na condução do processo salvam a barra tanto do corrupto quanto do golpista’
O colunista Carlos Andreazza, no quadro Andreazza Reage desta quinta-feira, 24, comenta a entrevista exclusiva concedida pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello à Coluna do Estadão, publicada nesta terça-feira, 22.
O tema é a condução da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por golpe de Estado em 2022. Andreazza afirma que, em sua opinião, Bolsonaro participou da trama golpista e, justamente por isso, defende que não haja nenhum tipo de erro no processo legal que apura a responsabilidade do ex-presidente no caso.
“Não pode ter vacilo, não pode ter excesso”, diz o colunista, comparando o julgamento à condução da Operação Lava Jato, que após condenar uma série de réus, teve decisões anuladas por erros na tramitação do caso. “Deu no que deu: os corruptos, de repente livres, por motivos processuais”, diz.
Sobre a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes estar cometendo excessos ao decretar, entre as medidas cautelares contra o ex-presidente, a proibição de que ele e terceiros usem redes sociais para divulgar declarações, o ex-ministro e Andreazza concordam que há censura prévia na decisão.