27 de julho de 2025
Politica

Passaporte diplomático: O que é o documento que Marcos do Val diz ter usado para deixar o País?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou nesta quinta-feira, 24, que deixou o País, apesar da proibição estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), usando um passaporte diplomático. O documento de identificação e de viagem é usado por autoridades diplomáticas ou a serviço do governo brasileiro.

(Os Estados Unidos) Reconheceram, reafirmaram e ampliaram minha função diplomática. E mais: me acolheram oficialmente como cidadão americano”, escreveu o político em uma publicação no Instagram.

Na foto, o senador aparece segurando dois passaportes, um comum, com capa azul, e outro com capa vermelha, a versão diplomática do documento.

Senador Marcos do Val publicou foto no aeroporto após afirmar que viajou para os Estados Unidos
Senador Marcos do Val publicou foto no aeroporto após afirmar que viajou para os Estados Unidos

O passaporte diplomático é uma das cinco modalidades de passaporte que o governo brasileiro concede aos cidadãos. Além dele, os outros são comum, oficial, para estrangeiro e de emergência.

O órgão responsável por emitir os passaportes diplomáticos é o Ministério das Relações Exteriores. O documento de identificação e de viagem é destinado a “autoridades brasileiras e funcionários do serviço exterior, assim como seus dependentes”.

Quem tem direito a um passaporte diplomático?

Na lista de cidadãos que têm direito ao benefício estão autoridades políticas, como governadores, presidente, vice-presidente e ex-presidentes da República, membros do Congresso Nacional e ministros do STF.

Além disso, ministros e secretários vinculados à Presidência, autoridades diplomáticas (como embaixadores, chanceleres e cônsules) e militares à serviço da Organização das Nações Unidas (ONU) podem receber o documento.

  • Presidente da República, ao Vice-Presidente e aos ex-Presidentes da República;
  • Ministros de Estado, aos ocupantes de cargos de natureza especial e aos titulares de Secretarias vinculadas à Presidência da República;
  • Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
  • Funcionários da Carreira de Diplomata, em atividade e aposentados, de Oficial de Chancelaria e aos Vice-Cônsules em exercício;
  • Correios diplomáticos;
  • Adidos credenciados pelo Ministério das Relações Exteriores;
  • Militares a serviço em missões da Organização das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, a critério do Ministério das Relações Exteriores;
  • Chefes de missões diplomáticas especiais e aos chefes de delegações em reuniões de caráter diplomático, desde que designados por decreto;
  • Membros do Congresso Nacional;
  • Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União;
  • Procurador-Geral da República eSubprocuradores-Gerais do Ministério Público Federal; J
  • Juízes brasileiros em Tribunais Internacionais Judiciais ou Tribunais Internacionais Arbitrais.

O benefício de estende aos familiares das autoridades descritas acima. Cônjuges, companheiros em união estável, filhos e enteados solteiros até 18 anos de idade ou, se estudante, até 24 anos e mães e pais sem renda própria também podem tirar o documento especial.

O senador Marcos do Val possuía o passaporte diplomático pois é um membro do Congresso Nacional e, por esse motivo, tem direito à credencial.

Qual é vantagem de ter um passaporte diplomático?

Assim como o passaporte comum, o documento diplomático tem validade de dez anos. No entanto, aqueles que possuem a versão diplomática possuem certos benefícios, por exemplo, a não exigência de visto para certos países, a emissão gratuita do documento e a possibilidade de embarque diferenciado e com revistas menos rígidas.

Segundo o Itamaraty, o porte do passaporte diplomático não concede imunidades no Brasil. Já as imunidades diplomáticas e consulares não decorrem do fato de o indivíduo estar portando passaporte diplomático, mas sim de estar lotado oficialmente em representação consular ou diplomática, “acreditado” junto às autoridades locais. 

O passaporte diplomático também não confere privilégios e imunidades para seus portadores que estejam viajando de férias a outro país.

 

 

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