1 de agosto de 2025
Politica

Tarifas: governo brasileiro não tem saída fora resistir

Em que pese a vexaminosa falta de interlocução política com os Estados Unidos, o governo brasileiro está essencialmente correto em resistir às investidas mafiosas da gestão Donald Trump. O objetivo dos atuais mandatários dos Estados Unidos não parece ser econômico, muito menos político. Vai além. No afã de subjugar o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, acabam por humilhar um país inteiro.

O papel do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, nessa história, ainda precisa ser melhor esclarecido, assim como de seus asseclas. Mas com a ladainha de proteger a democracia (regime que não admiram, ao contrário), querem o inadmissível: a anistia a um político acusado de ter planejado um malfadado golpe de Estado. Há evidências gritantes nesse sentido. Editorial do Estadão desta quinta-feira, 31, deixa claro o que Eduardo merece: cassação de mandato. É o mínimo para um personagem que tomado pela vaidade, não mede mais as consequências de seus atos, que incluem atacar diuturnamente gente de seu campo politico.

A cassação de mandato de Eduardo Bolsonaro é o mínimo para um personagem que tomado pela vaidade, não mede mais as consequências de seus atos
A cassação de mandato de Eduardo Bolsonaro é o mínimo para um personagem que tomado pela vaidade, não mede mais as consequências de seus atos

Muitas vezes (poderíamos dizer, na maioria das vezes), o STF age nesse imbróglio como um elefante na loja de louças. Não tem mais pudores até de, algumas vezes, lançar mão de uma bomba atômica inaceitável: a censura. Mas esse erro brutal não deve nos tirar o foco de que o crime cometido por Jair Bolsonaro & caterva foi gravíssimo e merece punição severa.

Como bom populista latino-americano, Lula em um primeiro momento, quis vencer na retórica, no gogó. Teve até provocação barata contra o valentão americano ao comer jabuticaba no pé. Mesmo com acenos problemáticos ao Brics, hoje um grupo de muitos ditadores sem disfarce, Lula precisa mostrar serviço e tentar resolver a situação. Aliás, presidentes são eleitos para isso, solucionar problemas – mesmo os não criados por eles. Até porque o vice Geraldo Alckmin e um grupo de senadores que está nos EUA deram com a cara na porta. Um elemento complicador da negociação é que Lula e Trump precisarão, para os seus, proclamar vitória.

Tão confusos estão os governadores da centro-direita. Caíram numa espécie de limbo político. Num primeiro momento aplaudiram as sanções contra o próprio País e causaram comoção no setor produtivo e financeiro do Brasil. Tiveram que rever suas posições e agora apanham da extrema-direita. Assim como todo movimento totalitário, o bolsonarismo exige submissão total às suas ideias e crenças.

Se pudermos ser otimistas nessa confusão, a melhor hipótese seria eles sairem isolados e enfraquecidos disso tudo. A conferir.

 

 

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