Boca de Brasa promove diálogos com participantes do programa em Salvador
Texto e fotos: Thaís Seixas
Dialogar e trocar experiências sobre os impactos do Programa Boca de Brasa na atuação como um profissional das artes e da cultura. Esta foi a proposta dos encontros promovidos nesta quinta-feira (31), com iniciativas participantes da última edição. Os diálogos contaram com a mediação de representantes do Instituto Aliança, parceiro do programa da Fundação Gregório de Mattos.
A primeira roda de diálogo foi realizada no Centro Comunitário Mãe Carmem, no Terreiro do Gantois, com iniciativas do Polo Criativo Barra-PItuba. De acordo com a coordenadora do Boca de Brasa, Nathália Leal, foram convidados dez participantes dos cursos oferecidos nas escolas criativas, para que eles compartilhassem como o programa auxiliouo o desenvolvimento profissional deles.
“Eles participaram da mentoria, receberam um prêmio no valor de R$ 5 mil e realizaram um projeto. HOje, estamos voltando aos locais para conversar com estas pessoas sobre os impactos do Boca de Brasa na atividade deles. A gente quer entender o que trouxe de melhorias, as expectativas deles e como eles se veem em relação ao programa, se gostariam de participar de novo. Estamos em um momento de repensar e entender a efetividade dos ciclos do Boca”, explica Nathália.

Uma das participantes do Boca de Brasa foi a percussionista Ratinha, que já atuava como professora musical em outros projetos, mas viu uma oportunidade de se capacitar ainda mais. “Meu vício é a música, é tocar. E todas as vezes que eu tenho alguma oportunidade de aprendizado, eu vou. Há dois anos, eu decidi sair do emprego em um hospital e vi o anúncio do curso de atabaque, que é um instrumento que eu amo. Então eu me inscrevi e foi um curso de grande aprendizado, são profissionais que não deixam nada a desejar em relação à prática do instrumento”, diz Ratinha.
Já Herbert Fernandes procurou uma capacitação na área do audiovisual e enfatizou a importância do Boca de Brasa para o trabalho desenvolvido por ele. “A gente teve contato com os equipamentos dos professores e eu pude unir a parte teórica com a prática. que foi muito importante. Usei uma parte do dinheiro e comprei minha primeira câmera; No início deste ano, cobri um festival de cinema, fiz ensaios fotográficos e coloquei pra frente algumas ideias que eu tinha, isso foi muito bom”, diz ele.

Além do Polo Barra-Pituba, o DIálogo Boca de Brasa também foi realizado na sede do Malê Debalê, com as iniciativas contempladas do Polo Criativo Itapuã.