3 de agosto de 2025
Politica

Como é o presídio onde Carla Zambelli vai permanecer presa?

RIO – A Justiça da Itália decidiu, nesta sexta-feira, 1º, que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deverá aguardar o processo de extradição na prisão feminina Germana Stefanini, que faz parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia. A penitenciária é a maior da Itália e uma das maiores da Europa.

Inaugurada em 1946 para abrigar jovens mulheres, o complexo foi administrado por freiras até 1979. O complexo é composto por três pavilhões de detenção, cada um dividido em duas seções. Quatro são destinadas a abrigar presas comuns de segurança média e uma para presas aptas para trabalho externo. A penitenciária possui uma ampla área arborizada, equipada com instalações esportivas. Duas capelas, duas bibliotecas e duas cozinhas e uma sala de jogos.

Prisão feminina Germana Stefanini, parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma
Prisão feminina Germana Stefanini, parte do Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma

De acordo com o Ministério da Justiça da Itália, com informações atualizadas nesta quinta-feira, dia 31 de julho, o complexo penitenciário conta com 132 agentes penitenciários. O complexo tem 381 celas, sendo que 123 não estão disponíveis.

A prisão conta ainda com um teatro, três laboratórios, duas, academias e 12 salas de aula. Apesar da estrutura, o complexo sofre com superlotação. Com capacidade para receber 272 mulheres, atualmente 371 se encontram presas na penitenciária italiana, de acordo com dados do Ministério da Justiça da Itália.

O Papa Francisco visitou a prisão de Rebibbia, em Roma, em 2024, como parte das celebrações do Ano Jubilar, abrindo uma “Porta Santa” na capela do complexo penitenciário e celebrando uma missa. Essa foi a primeira vez que um papa abriu uma Porta Santa em uma prisão em um Ano Santo.

Durante a visita, o Papa Francisco lavou os pés de 12 detentos, incluindo um brasileiro, o que é considerado no catolicismo um gesto de humildade e fraternidade.

A Justiça italiana deverá analisar o pedido de liberdade de Carla Zambelli em meados de agosto. Ela foi presa na última terça- feira, 29, após permanecer escondida em um apartamento em Roma, foragida da Justiça brasileira.

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão, acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Ela nega.

Com a confirmação da prisão, o Brasil deverá formalizar o pedido de extradição da parlamentar em até 45 dias. Depois, caberá à Justiça italiana verificar se há equivalência entre os crimes pelos quais ele foi condenada na Itália e decidir pela extradição.

 

 

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