Imprensa internacional repercute prisão domiciliar de Bolsonaro; veja
A determinação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja preso em domicílio, do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou destaque na imprensa internacional poucos momentos após a decisão ser noticiada no Brasil.
Veículos de comunicação dos Estados Unidos e de países da Europa publicaram a notícia de que Bolsonaro passa agora a cumprir prisão domiciliar e não pode receber visitas.
A decisão que determinou a prisão domiciliar nesta segunda está baseada em descumprimento da medida cautelar que proíbe o uso de redes sociais, seja as próprias ou de terceiros, imposta dia 17 de julho.
Como mostrou o Estadão neste domingo, 3, o ex-presidente discursou por meio de um contato pelo telefone com o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para manifestantes bolsonaristas que foram às ruas protestar contra Moraes. O momento foi compartilhado pelo parlamentar em rede social.
O jornal norte-americano The New York Times, um dos maiores dos Estados Unidos, destacou que Bolsonaro é o pivô da guerra tarifária e da tentativa de interferência dos Poderes brasileiros por parte do presidente americano, Donald Trump.
“Seu caso está no centro da disputa tarifária do presidente Trump com a nação sul-americana”, menciona a notícia.

O jornal norte-americano The Washington Post também destacou a ação penal que Bolsonaro responde na Suprema Corte brasileira.
“(O ex-presidente) está sendo julgado por supostamente planejar um golpe para permanecer no cargo apesar de sua derrota nas eleições de 2022, um caso que tem preocupado o país sul-americano enquanto enfrenta uma guerra comercial com o governo Trump”, diz trecho da notícia.

A agência de notícias britânica Reuters mencionou que a medida “pode agravar as tensões com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”.
Na semana passada, o norte-americano oficializou a tarifa anunciada no início do mês passado de 50% a produtos brasileiros – medida condicionada à decretação do fim da ação penal a qual Bolsonaro responde por golpe de Estado.
