8 de agosto de 2025
Salvador

Botão Lilás: Prefeitura lança novo canal de comunicação para enfrentamento da violência contra a mulher em Salvador

Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS

Reportagem: Eduardo Santos / Secom PMS

A Prefeitura de Salvador lança, a partir desta quinta-feira (7), um novo canal de comunicação para realizar denúncias de violência contra a mulher e, assim, contribuir com o enfrentamento a este crime. O Botão Lilás, ferramenta que já foi utilizada com sucesso durante o Carnaval e o Festival Virada, ficará à disposição através do WhatsApp (71) 98791-3420, para que todas as soteropolitanas vítimas possam solicitar ajuda às autoridades em tempo real.

O Botão Lilás é uma iniciativa das secretarias municipais de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e de Inovação e Tecnologia (Semit), além da Guarda Civil Municipal (GCM), e integra as ações do Agosto Lilás, mês dedicado às ações de combate à violência contra a mulher. O dia 7 de agosto foi escolhido para o lançamento porque a data marca o aniversário da Lei Maria da Penha.

A tecnologia agora será usada ao longo de todo ano, e não só durante as festas populares da cidade, para fortalecer a rede de proteção. Com a utilização deste canal, as mulheres poderão acionar, por exemplo, a Guarda Civil Municipal, através da Patrulha Guardiã Maria da Penha, em caso de emergência, que irá encaminhar as vítimas para os locais de atendimento necessários, como unidades de saúde ou a Casa da Mulher Brasileira, bem como acessar informações sobre serviços públicos de acolhimento.

Segundo Fernanda Lordêlo, titular da SPMJ, a própria vítima ou outra pessoa poderão acessar o WhatsApp e acionar em caso de emergência e de forma imediata a central da Guarda Civil Municipal. “Ela também poderá acessar através dessa ferramenta os endereços dos serviços da rede de enfretamento à violência contra a mulher. O sistema tem inclusive geolocalização para garantir mais precisão para atuação da equipe e das informações relacionadas à rede. O Botão Lilás é mais uma ferramenta que vem reforçar a política de gênero na nossa cidade”, disse.

Como funciona – O processo tem início com a solicitação de informações básicas, como o CPF, seguido de uma verificação se os dados já estão na base da plataforma Salvador Digital. Caso o CPF não esteja cadastrado, a usuária será redirecionada para realizar o login via gov.br, garantindo a autenticação segura da identidade.

Na sequência, a plataforma verifica se quem está fazendo o registro é a própria vítima e solicita informações complementares, como localização da ocorrência, medida protetiva vigente, raça/cor, tipo de violência sofrida – física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual -, situação de emergência e ação em caso de perigo imediato.

Se a mulher indicar que está em perigo iminente, o fluxo orienta o contato imediato com a Guarda Municipal de Salvador, por meio do número (71) 99623-4955. Simultaneamente, sua geolocalização e os dados da ocorrência já preenchidos são disponibilizados, em tempo real, para o painel de monitoramento da Plataforma em ambiente de retaguarda para a Guarda Municipal.

“Trata-se de uma importante inovação tecnológica desenvolvida com o objetivo de fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero, por meio do uso estratégico da tecnologia. A solução incorpora uma funcionalidade semelhante ao Botão do Pânico, já disponível no WhatsApp oficial da Prefeitura de Salvador, pelo número (71) 98791-3420″, explica o secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Alberto Braga.

“Por meio do Botão Lilás, será possível registrar ocorrências de violência de gênero tanto pela vítima quanto por terceiros, com a opção de compartilhamento da localização da ocorrência. A depender do tipo e da gravidade da violência relatada, o sistema disponibiliza uma jornada digital personalizada, oferecendo orientações e encaminhamentos adequados a cada situação”, completa o secretário.

Segundo a coordenadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha, Géssica Reis, quando a mulher acessa o Botão Lilás, ela pode buscar informações gerais ou ser direcionada para serviços específicos, como a Casa da Mulher Brasileira, Ministério Público ou TJ.

“Se ela estiver em situação de violência, o sistema perguntará qual o tipo de violência. Ao solicitar uma viatura, ela autoriza o contato. A solicitação chega ao nosso Centro Integrado de Inteligência, Comando e Videomonitoramento (CICOMV). Um agente entrará em contato para coletar mais detalhes, pois a geolocalização inicial não é precisa. Pois precisamos de um ponto de referência para nossa equipe de rua. Com as informações coletadas, a CICOMV acionará a viatura ou patrulha mais próxima para dar o suporte necessário à mulher”, destaca.

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