8 de agosto de 2025
Politica

Ciro Nogueira responde Malafaia após ser chamado de ‘traidor’: ‘Eu não me meto na sua igreja’

O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), rebateu o pastor Silas Malafaia na última quarta-feira, 6, após ser chamado de “traidor” por ter se recusado a assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu não me meto na sua igreja e se o senhor quiser ser senador e se candidatar e liderar o movimento político que quiser será muito bem-vindo. Aí então verá que, diferentemente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria”, escreveu Nogueira, em resposta ao evangélico, por meio do seu X (antigo Twitter).

Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Nogueira se definiu como “pragmático” ao recusar apoio ao impeachment do magistrado. Ele também afirmou que o impedimento de Moraes não teria sucesso. “Nós não temos 54 senadores para aprovar”, afirmou em entrevista ao portal Metropoles.

Ciro Nogueira recusou apoio ao impechment de Moraes.
Ciro Nogueira recusou apoio ao impechment de Moraes.

Após a resposta do senador, Malafaia o alfinetou novamente. O religioso acusou Nogueira de ser “preconceituoso contra um pastor” e afirmou que ele era um apoiador da “ditadura de toga”.

O pastor ainda complementa defendendo seu direito de cobrar o político: “a liberdade para falar de política é fundamento do estado democrático de direito. Você é daqueles coronéis do Nordeste que não suporta a crítica e o contraditório”.

O movimento pelo impeachment de Morea, encabeçado pela oposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou força após Jair Bolsonaro ser alvo de prisão domiciliar. Os parlamentares bolsonaristas ocuparam a mesa da Câmara e do Senado e exigiram a votação da pauta para liberar os trabalhos das Casas. A oposição também recolheu assinaturas para instaurar o processo.

Entretanto, presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), nesta quinta-feira, 7, disse que não pautará o impedimento de Moraes “Nem se tiver 81 assinaturas”.

Como mostrou o Estadão, o processo de instauração do impeachment de um ministro do STF é votado em plenário por todos os senadores. É preciso obter maioria simples dos votos (41 dos 81 senadores), do contrário, o pedido é arquivado.

 

 

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