12 de agosto de 2025
Politica

Fim de papo: Trump e seus subordinados não querem diplomacia e diálogo, querem guerra!

Ao cancelar sem justificativa uma conversa com o ministro Fernando Haddad sobre o tarifaço, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou que Donald Trump não quer papo com o Brasil real e só quer saber do Brasil alternativo. Se havia alguma dúvida, não há mais. Aquela história de Trump de que Lula “pode falar com ele quando quiser” não passava de mais uma armadilha do seu estoque sem fim.

Além de expor ao ridículo os presidentes de Ucrânia, Volodmir Zelenski, África do Sul, Cyril Ramaphosa, e Suíça, Karin Keller-Sutter, que saiu Washington sem falar com Trump, o presidente americano mexe com os nervos do Brasil, numa linguagem que não é a da diplomacia e do diálogo, mas de sanções e ameaças – ou “humilhação”, como identificou Lula.

Governo de Donald Trump não quer negociação mas guerra contra o Brasil
Governo de Donald Trump não quer negociação mas guerra contra o Brasil

Bessent cancelou a reunião com Haddad dois dias antes, com motivo fútil, falso e um recado claro: não existe possibilidade de negociações, menos ainda de ampliar a lista de isenções do tarifaço. Trump só quer escalar a guerra contra o Brasil, como seu porta-voz, Eduardo Bolsonaro, vem avisando.

A desfeita de Bessent coincide com diferentes provocações de Trump e sua turma, replicadas, em português, pela embaixada americana em Brasília. É como se autoridades fizessem fila para ameaçar o Brasil. Darren Beattie, sub do sub do Departamento de Estado, postou que a situação no Brasil é “uma vergonha” e “nós estamos observando”. Christopher Landau, vice-secretário, disse que o Brasil está “num beco sem saída” e as relações entre os dois países estão num momento “sem precedente e anômala”.

A ordem vem de cima. O secretário de Estado, Marco Rubio, foi o primeiro a admitir a infâmia de aplicar a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. E Trump, com sua obsessão contra o Brasil, chega ao ponto de definir Brasília como “um dos piores lugares do mundo” nos índices de violência.

A nova polarização brasileira não é mais entre direita e esquerda, mas entre defensores e traidores da Pátria. O presidente da Câmara, Hugo Motta, que não tem nada de esquerdista, declarou à “Veja” que Eduardo Bolsonaro − de volta a Washington nesta segunda-feira − poderia “estar defendendo a inocência do pai, mas nunca atentando contra o País”. E foi firme: “Isso não pode ser admitido”.

Tarcísio de Freitas disse que “é fundamental entender o que está acontecendo” e defendeu reuniões de alto escalão e uma ligação de Lula para Trump, mas, se Lula peca por um antiamericanismo rasteiro e por fazer loas a China e Rússia, acerta em não ligar e não passar vergonha. Quem não está entendendo nada é o próprio Tarcísio. Trump quer guerra, governador!

 

 

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