Temer critica postura da oposição e radicalização política no País: ‘Isso não é bom’
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse nesta segunda-feira, 18, que a oposição no Brasil muitas vezes se distancia de seu papel como parte da democracia e atua de forma “política”. Durante almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), ele criticou a prática de candidatos derrotados que buscam enfraquecer os eleitos e alertou para os riscos da radicalização.
“O significado de oposição no Brasil não é esse significado jurídico constitucional, é um significado político. Aqui no Brasil é assim: se eu perco as eleições, o meu dever é destruir quem ganhou as eleições. Isso não é bom para o País”, afirmou.
Temer ressaltou que a oposição é indispensável no regime de governo democrático, mas precisa atuar dentro dos parâmetros constitucionais. Para ele, a radicalização entre grupos políticos tem contaminado a vida nacional.
“Quando eu vejo essa polarização, brasileiros contra brasileiros, isso vai contaminando as próprias instituições, daí porque volto a dizer que cumprir a Constituição é uma coisa fundamental”, disse o ex-presidente.
Na semana passada, Temer afirmou que o debate sobre o projeto de lei que acaba com o foro privilegiado requer um diálogo entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. “O melhor seria o entendimento entre o Legislativo e o Supremo. Acho que o povo já está cansado dessas disputas”, afirmou.
Em outra ocasião, o ex-presidente, ao comentar sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, defendeu o diálogo como a principal saída para a crise. Segundo Temer, momentos sombrios exigem sobriedade, e é necessário buscar consensos primeiro “dentro de casa” para depois “atravessar fronteiras”.
