21 de agosto de 2025
Politica

Padilha minimiza sanções dos EUA: ‘Não tenho intenção nenhuma de ir para a Disney’

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou novamente sobre o cancelamento dos vistos de sua esposa e de sua filha pelo governo dos Estados Unidos. “Eu não tenho intenção nenhuma de ir para a Disney”, declarou o ministro a jornalistas nesta terça-feira, 19.

Ele lembrou, no entanto, que poderá viajar aos EUA caso participe de conferência da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) prevista para outubro. “Caso eu venha a participar, certamente que um acordo sério tem que permitir uma autoridade convidada por esses sistemas da ONU e da Opas”, afirmou.

A decisão do governo norte-americano de suspender vistos da mulher e da filha do ministro Alexandre Padilha foi anunciada na última sexta-feira, 15
A decisão do governo norte-americano de suspender vistos da mulher e da filha do ministro Alexandre Padilha foi anunciada na última sexta-feira, 15

O cancelamento dos vistos da família do ministro foi anunciado na última sexta-feira, 15. O Estadão apurou que o visto de Padilha já estava vencido. Na ocasião, ele se referiu à medida como “ato covarde”. “Qual o risco que uma criança de 10 anos de idade pode ter para o governo americano?”, disse em entrevista.

Dois dias antes da sanção, Padilha foi às redes sociais em defesa de servidores que também tiveram seus vistos e de suas famílias cancelados: o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo brasileiro.

Em nota assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ele cita como razão para a restrição o programa “Mais Médicos”, criado no governo de Dilma Rousseff para suprir a carência de médicos no interior e nas periferias. A pasta da Saúde era chefiada por Padilha na época da criação da política pública.

“Eu digo ao querido Mozart, ao Alberto Kleiman e a todos aqueles que participaram do programa Mais Médicos: tenho orgulho do que vocês fizeram”, disse Padilha ao chamar o presidente norte-americano Trump de “inimigo da saúde”.

Nesta terça-feira, o ministro explicou que, em seu caso, o impacto maior recai sobre familiares que vivem nos Estados Unidos, como um de seus irmãos.

 

 

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