26 de agosto de 2025
Politica

Presidente da CPI do INSS proíbe jornalistas de registrarem ‘informações pessoais’ de integrantes

BRASÍLIA – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou a proibição de jornalistas e demais presentes de registrarem informações pessoais de integrantes na sala da CPI obtidas por meio de fotos de documentos e registros em telefones celulares ou computadores.

Segundo Viana, jornalistas que assim procederem terão suas credenciais suspensas. “Toda e qualquer informação particular dos parlamentares, seja em telefone celular, seja em computadores, seja em relatórios, está preservada por sigilo de lei”, disse.

Carlos Viana disse que episódio já ocorreu em experiências passadas
Carlos Viana disse que episódio já ocorreu em experiências passadas

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) reclamou da decisão e apontou censura. “A gente não pode chegar e criar uma certa, eu diria até censura, mordaça para esse jornalista”, disse. “O critério maior é se o parlamentar está tendo acesso a documentos sigilosos. Agora, o cerceamento dessa liberdade é preocupante.”

Em 2023, o então presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA) editou ato que impunha limites à atuação de jornalistas no colegiado.

O ato estabelecia que os profissionais da imprensa credenciados para acompanhar a comissão parlamentar não poderiam divulgar documentos considerados “confidenciais”.

Maia também escreveu que os jornalistas não poderiam publicar o conteúdo de mensagens de celulares que são usados pelos integrantes da comissão e que podem ser vistos por quem está na sala de audiência da CPMI.

Em março de 2023, por exemplo, o Estadão revelou conversas da então presidente do PT, Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais.

A parlamentar estava numa solenidade no Planalto quando recebeu mensagem do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, reclamando do que chama de “perigosas indicações” do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para o Conselho de Administração (CA) da Petrobras.

 

 

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