STF oferecerá meditação a ministros na véspera do julgamento de Bolsonaro
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão ter meia hora de meditação online nesta segunda-feira, 1º, véspera do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no processo da trama golpista. A atividade é oferecida semanalmente pela Corte a ministros, servidores, funcionários terceirizados e estagiários para “melhorar a saúde e reduzir o estresse”.
O programa da Secretaria de Saúde do Supremo, batizado de “Meditação no STF”, disponibiliza a prática da meditação Raja Yoga, que pode ser feita de olhos abertos e em qualquer ambiente, inclusive no trabalho.
A dinâmica dura meia hora e é feita por videoconferência. Acessível para iniciantes, a técnica tem exercícios simples e não exige rituais específicos.

Julgamento do ‘núcleo crucial’ da trama golpista deve durar cinco dias
Com segurança reforçada, a Primeira Turma do STF começará a julgar o primeiro núcleo da ação penal do golpe, classificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como “núcleo crucial”. Foram marcadas sessões em cinco dias, ao longo de duas semanas. O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados são réus por cinco crimes:
- organização criminosa armada;
- golpe de Estado;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- deterioração de patrimônio tombado;
- dano qualificado contra o patrimônio da União.
A PGR pediu a condenação de Bolsonaro por todos os crimes listados que, somados, podem chegar a pena de 43 anos de prisão.
Atualmente, o ex-presidente está em prisão domiciliar, mas no âmbito de outra investigação, que apura suposta coação na ação da trama golpista. A Polícia Federal indiciou o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesse caso.
Além de Bolsonaro, serão julgados:
- ex-ministro da Defesa e Casa Civil Walter Braga Netto;
- ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno;
- ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem;
- ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
- ex-comandante da Marinha Almir Garnier;
- ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira;
- ex-ajudante de ordens da Presidência e delator Mauro Cid.