Justiça nega pedido para XP indenizar cliente em R$ 5 milhões por prejuízo em aplicação
A Justiça de São Paulo negou um pedido de uma empresa de investimentos para ser indenizada em R$ 5 milhões pela corretora XP Investimentos por prejuízos de uma aplicação. A decisão, assinada no último dia 27, afirmou que a Downwind atua no mercado financeiro e topou os riscos do aporte. Procurada, a Downwind não respondeu.
O caso envolve Certificados de Operações Estruturadas (COEs), modalidade de investimento que fez a XP ser alvo, no início do ano, da Grizzly, uma pequena casa de análises americana. O relatório da Grizzly afirmou que a XP operava um suposto esquema de pirâmide financeira com os COEs, o que a corretora rechaçou e chamou de “fake news”.
Na esfera judicial, a Downwind acionou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em busca de uma reparação de R$ 5 milhões da XP por causa de prejuízos financeiros nesse tipo de aplicação. A cliente alegou que foi induzida pela XP a assumir um “perfil agressivo de investimento”.
A 30ª Câmara de Direito Privado do TJSP discordou do pedido de indenização. “O histórico do perfil de investidor da demandante indica que se trata, na verdade, de investidora profissional com perfil agressivo no mercado financeiro, tendo, inclusive, assinado eletronicamente o termo de risco COE”, escreveu o relator do caso, desembargador Paulo Alonso, que manteve a decisão de primeira instância e apontou a regularidade do contrato firmado entre as duas companhias.
