Defesa de Braga Netto mira delação de Mauro Cid, pivô de sua prisão
Último advogado a apresentar seus argumentos à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da trama golpista, o criminalista José Luís Oliveira Lima, que representa o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, se voltou nesta quarta-feira, 3, contra o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
Braga Netto é o único réu do núcleo crucial da trama golpista que ficou preso durante toda a instrução do processo. A prisão preventiva foi decretada por suspeita de tentar interferir na delação de Mauro Cid. Desde então, os dois disputam versões sobre o plano de golpe. Chegaram inclusive a passar por uma acareação para confrontar os relatos.
A estratégia da defesa foi colocar em dúvida a legalidade do acordo e a palavra do delator na tentativa de neutralizar o que Mauro Cid revelou sobre Braga Netto.
Foi o tenente-coronel quem acusou Braga Netto de entregar dinheiro em uma caixa de vinho, segundo ele para financiar um plano de prisão e execução de autoridades.
Além disso, Mauro Cid delatou uma reunião na casa do ex-ministro, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, organizada, segundo o tenente-coronel, para debater medidas contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
