7 de setembro de 2025
Politica

‘Não defendi anistia’, diz Barroso

Em meio a negociações da direita no Congresso Nacional em torno de um projeto para anistiar réus condenados por tentativa de golpe, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, esclareceu que não defendeu a medida. Os réus começaram a ser julgados na terça-feira, 2. A previsão é que o caso seja encerrado no dia 12.

“Indagado sobre anistia, em um evento em Mato Grosso, disse que não achava que ela pudesse ser possível antes do julgamento. E que após o julgamento, entendia que essa passava a ser uma matéria para o Congresso. Não defendi a ideia de anistia. E, caso o tema seja judicializado, não emiti opinião sobre como o tribunal se posicionará neste caso. Nunca antecipo voto”, disse ao Estadão.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, esclarece que nunca defendeu anistia a réus do processo sobre a trama golpista
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, esclarece que nunca defendeu anistia a réus do processo sobre a trama golpista

Barroso veio a público após uma frase dita por ele em evento realizado em agosto em Mato Grosso ter sido usada por aliados de Jair Bolsonaro como apoio ao perdão de réus. O ministro disse no mês passado que anistia antes do julgamento era uma impossibilidade e que, depois, passaria a ser uma questão política.

No STF, ministros não acreditam que o Congresso aprove a anistia aos réus da trama golpista. No caso de aprovação, a medida seria alvo de uma ação no próprio tribunal, por iniciativa da Procuradoria-Geral da República (PGR) ou de partidos da base do governo. O mais provável é que, no julgamento em plenário, o perdão seja derrubado.

 

 

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