Eduardo Bolsonaro ataca ‘ala do PL’ que defende anistia a condenados do 8/1 sem incluir o pai
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou o X, antigo Twitter, para criticar integrantes do Partido Liberal que defendem uma proposta de anistia que não inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nesta sexta-feira, 5, ele afirmou que “esses planinhos escusos não irão prosperar” e que “vai conversar com a base parlamentar” da legenda sobre o assunto.

“Deixa eu falar logo com todas as letras, para que vocês entendam bem. Eu sei que vocês querem tirar meu pai da anistia para poder chantagear ele e forçá-lo a escolher o candidato que vocês querem emplacar. Vocês estão brincando com coisa séria”, declarou Eduardo, que está vivendo nos Estados Unidos, completando:
“A anistia será ampla e irrestrita ou não contará com o apoio da direita e não terá efeito de diminuir as sanções internacionais”, afirmou.
Eduardo fez coro a Paulo Figueiredo, que articula sanções ao Brasil com ele nos EUA, afirmando que uma anistia que não seja ampla e irrestrita não será aceita. Também condicionou a aprovação desse projeto ao fim das medidas de retaliação impostas pelo governo de Donald Trump para tentar intervir no julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Deixa eu falar logo com todas as letras, para que vocês entendam bem. Eu sei que vocês querem tirar meu pai da anistia para poder chantagear ele e força-lo a escolher o candidato que vocês querem emplacar. Qualquer anistia que não seja ampla e irrestrita não será aceita. Já irei… pic.twitter.com/dYIgRh6RhM
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 5, 2025
Um dos textos articulados pelo bolsonarismo na Câmara dos Deputados para anistiar o ex-presidente e outros condenados pelo 8 de Janeiro prevê perdão completo a todos os envolvidos em ataques às instituições democráticas desde 14 de março de 2019.
A data é a mesma em que foi instaurado o chamado Inquérito das Fake News, que deu origem à série de investigações do STF contra ataques à democracia e às instituições.
Da forma como foi redigida, a minuta permitiria que Bolsonaro, inelegível por oito anos após duas condenações em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pudesse disputar a Presidência nas eleições de 2026.
Além dos processos na Justiça Eleitoral, o ex-presidente é réu no STF por tentativa de golpe de Estado, em julgamento que teve início nesta semana.