Michelle Bolsonaro elogia voto de Luiz Fux e fala em ‘senso de justiça’ antes da condenação
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais na noite da quarta-feira, 11, para elogiar o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que se manifestou a favor da absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de todos os réus envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado.
Durante a madrugada, Michelle publicou mensagens exaltando o “senso de justiça” e voltou a afirmar que há uma perseguição política contra seu marido. Ela destacou que, em seu entendimento, Fux deixou claro que “não há espaço para perseguições cruéis”.

“Quando a coerência e o senso de justiça prevalecem sobre a vingança e a mentira, não há espaço para perseguições cruéis nem julgamentos parciais”, escreveu Michelle.
Assim como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filhos do ex-presidente, Michelle acompanhou de perto o voto do ministro, que durou cerca de 12 horas. Durante a sustentação oral da defesa de Bolsonaro e dos militares acusados, a ex-primeira-dama também já havia compartilhado trechos bíblicos e mensagens de esperança voltadas ao marido e seus apoiadores.
Julgamento
O julgamento no STF teve continuidade nesta quinta-feira, 11, com os votos da ministra Cármen Lúcia, que acompanhou Alexandre de Mroraes e Flávio Dino, votou pela condenação e formou maioria para tal, e do ministro Cristiano Zanin, que ainda proferia sua decisão até as 17h20 desta quinta. Após os votos restantes, a Primeira Turma do Supremo definirá a sentença final sobre os réus envolvidos.
“O que se discute é a autoria, se os réus participaram. Não há nenhuma dúvida, em todas essas condenações e mais de 500 acordos de não persecução penal, de que houve tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, houve tentativa de golpe, houve organização criminosa e que gerou dano ao patrimônio público”, afirmou Moraes.
Em discordância, o ministro Luiz Fux votou pela absolvição de todos os réus, com exceção de Mauro Cid e Walter Braga Netto. Para Fux, apenas os dois devem ser responsabilizados — e por apenas um dos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“A acusação, em síntese, não indicou que os réus teriam se reunido para a prática de crimes indeterminados ou para uma série indeterminada de delitos, elemento necessário para a caracterização do crime de organização criminosa”, argumentou Fux.