13 de setembro de 2025
Politica

EUA repetem que condenação de Bolsonaro se dá por ‘perseguição e censura’ de Moraes

Os Estados Unidos voltaram a comentar a decisão de quinta-feira, 11, do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apurava tentativa de golpe de Estado. No X, o subsecretário de Diplomacia Pública americano, Darren Beattie, afirmou que a condenação é “mais um capítulo do complexo de perseguição e censura” do ministro Alexandre de Moraes.

A publicação de Beattie, também compartilhada pela Embaixada dos EUA no Brasil, diz que Moraes é um “violador de direitos humanos sancionado, que tem Bolsonaro e seus apoiadores como alvo”. O subsecretário encerra dizendo que o país vai encarar esse “sombrio desdobramento com a máxima seriedade”.

Prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília
Prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília

Em 30 de julho, Moraes foi sancionado pelo Tesouro americano por meio da Lei Global Magnitsky, que autoriza os EUA a impor bloqueios econômicos a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Nesta quinta, dia em que o julgamento foi concluído, o presidente americano, Donald Trump, classificou a condenação de Jair Bolsonaro como “terrível” e disse estar “muito descontente” com o julgamento. “Acho que é muito ruim para o Brasil”, declarou a jornalistas. Trump elogiou o ex-presidente em dois momentos, chamando-o de um bom homem e de um bom governante. “E sempre o achei muito íntegro, muito notável.”

Questionado sobre a possibilidade de novas sanções contra o Brasil, o presidente não respondeu. Já o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que os EUA reagirão “adequadamente” a “essa caça às bruxas”. Segundo ele, “as perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo decidiram injustamente prender Bolsonaro”, escreveu no X.

O subsecretário de Estado, Christopher Landau, disse que a relação entre Brasil e Estados Unidos vive o “ponto mais sombrio em dois séculos” após a condenação. Em sua conta no X, afirmou não ver saída para a crise enquanto o futuro bilateral estiver “nas mãos do ministro Moraes”.

 

 

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