18 de setembro de 2025
Politica

PEC da Blindagem ainda precisa passar pelo Senado, mas não por sanção do presidente

Aprovada nesta quarta-feira, 17, pela Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) conhecida como PEC da Blindagem ainda precisa passar pelo Senado antes de ser promulgada. A expectativa, no entanto, é de que a proposta enfrente resistência entre os senadores.

Por se tratar de emenda constitucional a proposta não é submetida à sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após aprovação em dois turnos na Câmara e no Senado, com quórum de três quintos, a proposta é promulgada diretamente pelo Congresso, conforme determina a Constituição de 1988. No entanto, mesmo sem a participação do Executivo, uma emenda constitucional pode ser questionada judicialmente no Supremo Tribunal Federal (STF).

PEC da Blindagem ainda precisa passar pelo Senado, mas não por sanção do presidente.
PEC da Blindagem ainda precisa passar pelo Senado, mas não por sanção do presidente.

A PEC da Blindagem tem gerado polêmica por estender o foro privilegiado a presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso. Após a aprovação do texto-base em primeiro e segundo turno, o Plenário da Câmara acatou um destaque que restabeleceu de voto secreto na autorização de ações penais e prisões em flagrante por crime inafiançável contra deputados e senadores, mantendo a exigência de votação aberta nesses casos.

O texto também altera regras sobre prisões em flagrante de parlamentares, estabelecendo que a votação sobre a manutenção da prisão seja feita de forma secreta. Atualmente, a Constituição permite que deputados e senadores sejam presos apenas em casos de flagrante por crime inafiançável, desde que a detenção seja confirmada pelo plenário da respectiva Casa.

No Senado, a proposta passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Otto Alencar, que já se manifestou contra a admissibilidade da matéria. Mesmo se o texto receber parecer contrário na CCJ, ele pode seguir para votação no plenário do Senado. Para isso, é necessário o apoio de dois terços dos 81 senadores, em dois turnos.

Caso Otto Alencar decida não pautar a PEC na CCJ, o Regimento Interno do Senado permite que, após 30 dias de inatividade, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), leve o texto diretamente ao plenário.

Após eventual promulgação, a PEC poderá ser contestada no STF por partidos políticos, parlamentares ou outras autoridades com legitimidade para acionar a Corte.

 

 

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