22 de setembro de 2025
Politica

PGR pediu busca e apreensão contra seu próprio assessor por suspeita de vazar investigação

BRASÍLIA – A Polícia Federal cumpriu busca e apreensão contra um assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeito de vazar informações de investigação sobre o governador afastado de Tocantins, Wanderlei Barbosa.

Edifício sede da Procuradoria Geral da República
Edifício sede da Procuradoria Geral da República

A operação da PF foi solicitada pela própria PGR, que identificou acessos indevidos do assessor a um documento da investigação. Ele não tinha autorização para atuar no caso, por isso o acesso gerou suspeitas. A ação foi cumprida sob sigilo na última sexta-feira, 19, sem nenhuma divulgação pelos dois órgãos. O caso foi revelado pela revista “Piauí” e confirmado pelo Estadão.

O funcionário era Felipe Alexandre Wagner, que ocupava a função de assessor jurídico criminal na equipe responsável pelos casos que tramitam perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) – ele também já atuou nos casos dos atos antidemocráticos. Após a deflagração da ação, a PGR determinou sua exoneração.

A operação faz parte da Operação Sisamnes, que investiga suspeitas de vendas de decisões judiciais em diversas instâncias. Uma conversa obtida pela PF entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos, com o sobrinho do governador afastado de Tocantins, Thiago Barbosa, mostrava que eles obtiveram informações de investigação sigilosa e citavam uma fonte de Brasília de nome “Felipe” que trabalhava na PGR.

A partir disso, a PGR identificou os acessos indevidos a um dos processos e pediu a deflagração da ação policial.

Procurada, a PGR não quis se manifestar. O assessor ainda não foi localizado para se manifestar.

 

 

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