Gilmar Mendes compartilha nota de apoio ao STF de instituição europeia de magistrados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes compartilhou nas redes sociais uma nota de apoio à Suprema Corte brasileira divulgada nesta terça-feira, 23, pela organização internacional Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdade (Medel).
No comunicado, a entidade manifesta “solidariedade total ao Judiciário e todas as instituições democráticas brasileiras que têm sido alvo de violência e tentativas de interferência indevida em seu trabalho”.
A organização afirma que a sanção imposta ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos é “preocupante” e conflita com o objetivo da própria lei, criada “para lidar com graves violações de direitos humanos e corrupção em todo o mundo”.

“A nota reforça a necessidade de proteger a independência do Judiciário, pilar da democracia e da defesa dos direitos fundamentais, contra pressões e ameaças a juízes que exercem suas funções com base nos princípios democráticos e no Estado de Direito”, escreveu Gilmar nesta quarta-feira, 24, ao compartilhar a nota.
No texto, a Medel afirma que as ameaças a instituições democráticas e sistemas judiciais são “fenômeno global” e que os “violentos atentados” às sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023 “ecoam o ataque ao Capitólio”, ocorrido nos EUA em 2021, depois da derrota do então ex-presidente Donald Trump nas eleições.
A organização Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdade (@MedelEurope) manifestou hoje preocupação com os ataques à democracia brasileira e reiterou apoio ao @STF_oficial, afirmando que as sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes configuram grave ingerência externa… https://t.co/4nUxnPSPZ4
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) September 24, 2025
A entidade defende que a independência do Poder Judiciário e seu bom funcionamento são essenciais para a manutenção da democracia e a proteção dos direitos fundamentais.
Além disso, faz um apelo para que “autoridades nacionais e internacionais garantam o cumprimento de normas internacionais que preveem que os juízes e os tribunais devem ser protegidos de interferências inapropriadas ou injustificadas e de qualquer ato de assédio ou ameaça”.
Nesta semana, Gilmar Mendes se manifestou em seu perfil no X para exaltar as manifestações populares contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia a condenados no 8 de Janeiro.
Na ocasião, ele foi criticado por advogado que atua nos processos da Trump Media & Technology Group e da Rumble contra Alexandre de Moraes nos EUA. Martin De Luca o acusou de “ativismo político”.
O decano também manifestou apoio a Moraes e à mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, que foi alvo de sanção dos EUA, com base na Lei Magnitsky nesta semana. O ministro já integra a lista oficial do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac) desde julho.